Núcleo de Estudos Guevaristas: laboratório político-teórico

Neste 14 de junho, data que marca a memória dos 95 anos de nascimento do Comandante Ernesto Guevara de La Serna em Rosário, na Argentina, anunciamos com entusiasmo o início das atividades do Núcleo de Estudos Guevaristas, um laboratório político-teórico de estudos e pesquisas sobre o guevarismo e as lutas revolucionárias na América Latina. Afirmar a importância e a atualidade da estratégia guevarista é afirmar a vigência do marxismo revolucionário latino-americano, da guerra revolucionária como caminho de libertação dos povos e de um projeto socialista para nosso continente. O Núcleo de Estudos Guevaristas é uma iniciativa da Casa da Resistência, do Editorial Adandé e do Movimento de Unidade Popular que tem como objetivo principal fomentar, a partir do guevarismo, o debate estratégico sobre a Revolução Brasileira e a construção de uma corrente revolucionária no país. Além de promover iniciativas editoriais como a Coleção Guevarismo e a Revista Bacuri, o Núcleo de Estudos Guevaristas se dedica ao estudo e a pesquisa da estratégia guevarista a partir de temas como a Revolução Cubana de 1959, dirigida pelo Movimiento 26 de Julio, a Rebelião Simba de 1964, na República Democrática do Congo, as experiências internacionalistas da Organização de Solidariedade aos Povos da África, Ásia e América Latina (OSPAAAL) de 1966 e da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) de 1967, além da Guerrilha de Ñancahuazú com o ELN na Bolívia (1966-67). A permanência da estratégia guevarista na América Latina, em iniciativas como a Junta de Coordenação Revolucionária (JCR) que em 1972 reuniu o PRT-ERP, o MIR chileno, o MLN-Tupamaros e o ELN ou o Batalhão América, que coordenou o M-19, o Movimiento Armado Quintín Lame, o MRTA do Peru e a guerrilha equatoriana Alfaro Vive ¡Carajo! em 1986, até movimentos insurgentes atuais como o ELN da Colômbia e o Exército do Povo Paraguaio (EPP), são alguns dos temas fundamentais para a construção revolucionária que o Núcleo de Estudos Guevaristas assume como missão. CHE VIVE E VENCERÁ!

Apresentação e chamada da Revista Bacuri

O Comandante Bacuri completaria 80 anos em 2025. Eduardo Collen Leite, nascido em 28 de agosto de 1945, foi um guerrilheiro operário que comandou importantes ações da luta armada contra a ditadura militar fascista, fundador da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da Resistência Democrática (REDE), organização que se integrou à Ação Libertadora Nacional (ALN) através da Frente Armada Revolucionária, foi assassinado em 8 de dezembro de 1970, após ser brutalmente torturado por 109 dias. Nossa revista, que orgulhosamente carrega o nome do Comandante Bacuri, é uma publicação de teoria, política e história com caráter militante e não acadêmico, que tem como objetivo principal propor, debater e fomentar, a partir de uma linha editorial socialista, anticolonial e anti-imperialista, a atualidade da estratégia para a Revolução Brasileira, dialogando com as experiências revolucionárias de nosso continente e dos povos do mundo, resgatando também o debate e a memória das organizações da esquerda armada brasileira. Com periodicidade semestral, em edição impressa e versão digital, a Revista Bacuri se propõe a ser um instrumento de formação política e propaganda revolucionária, que visa reunir militantes, pesquisadores, movimentos e organizações afins ao nosso projeto identificado principalmente com o marxismo revolucionário, as lutas anticoloniais e os movimentos insurgentes em nosso continente, assumindo também uma função organizativa como espaço de diálogo e construção teórica, com o objetivo de avançar na formação de uma rede solidária de militantes e organizações revolucionárias no Brasil. Organizada pelo Editorial Adandé e convidados/as, com coedição do Núcleo de Estudos Guevaristas, a primeira edição da Revista Bacuri, com capa ainda provisória, tem lançamento previsto para agosto de 2025, tendo como tema central a experiência de unidade da Frente Armada Revolucionária e o debate sobre a atualidade da Revolução Brasileira, seguindo aberta à participação, envio de artigos e colaboração de militantes, pesquisadores, coletivos e organizações. CHAMADA PARA A PRIMEIRA EDIÇÃO Diferentemente dos modelos de chamadas públicas ou editais de periódicos acadêmicos, fazemos um convite aberto para participação na revista destinado a militantes, pesquisadores, movimentos e organizações seguindo critérios simples de publicação e a concordância com nossa política editorial. Nessa primeira edição da Revista Bacuri, com lançamento para o início de dezembro, podem ser enviados artigos, resenhas de livros ou trabalhos gráficos e fotográficos até o dia 7 de julho de 2025. Critérios de publicação: — Artigos dentro da temática da edição com 2 a 6 laudas, que devem ter linguagem simples e formato não acadêmico, evitando excessos de notas de rodapé e citações de autores ou necessidade de bibliografia, com obras e autores devendo constar no próprio corpo do texto. — A temática da primeira edição da Revista Bacuri abrange questões como a resistência armada contra a ditadura militar fascista no Brasil, debates sobre a realidade brasileira, marxismo revolucionário, anticolonialismo, anti-imperialismo, América Latina e sul global. — Além dos textos que entrarão na primeira edição, podem ser enviados artigos em qualquer data para publicação no site, seguindo as mesmas indicações de produção textual e as seções da revista impressa. — As seções da Revista para as quais podem ser enviadas contribuições incluem Memória, com biografias curtas de militantes, organizações revolucionárias e lutas insurgentes; Realidade Brasileira, onde podem ser feitas análises históricas ou conjunturais de aspectos da nossa realidade; Documentos Históricos, podendo ser enviados documentos recuperados e pesquisas históricas temáticas; em Literatura Revolucionária são bem-vindos contos, ensaios, crônicas e poemas; em Resenhas, podem ser enviadas resenhas críticas ou apresentações de livros, e em Internacionalismo, cabem análises históricas ou conjunturais de temas internacionais. COMANDANTE BACURI, VIVE E VENCERÁ! Contatos em revistabacuri@editorialadande.com

O que é uma editora autogestionária?

Nas novas impressões do nosso catálogo de 2024 passamos a utilizar um selo em nossos livros: “Autogestão, produzido sem patrão”. Mas o que é uma editora autogestionária? Qual o conceito que nos difere das editoras da esquerda pequeno-burguesa ou mesmo de outras pequenas editoras independentes? Qual nosso papel na socialização da literatura revolucionária e no enfrentamento às editoras capitalistas e distribuidoras multinacionais que dominam o mercado editorial? Primeiro é necessário localizarmos nosso projeto editorial politicamente e nosso modesto papel na luta de classes. Somos uma cooperativa editorial formada por trabalhadores gráficos e intelectuais militantes, que conjuga o trabalho manual e teórico combatendo a divisão social do trabalho, com o estudo e a pesquisa tendo a mesma importância que a execução de técnicas como impressão e design gráfico. Como uma cooperativa anticapitalista somos contra a lógica do lucro, por isso é nosso princípio manter valores acessíveis e tentar garantir uma remuneração digna para o trabalho empregado na produção. Nossa gráfica existe em uma ocupação urbana conquistada pela luta popular combativa e nos identificamos com o povo pobre e trabalhador, principalmente afroindígena, tendo como objetivo central contribuir com a construção da revolução brasileira. Defendemos o copyleft e somos contra a legislação burguesa sobre os direitos autorais. A defesa de uma linha revolucionária também nos impõe a demanda de combater a degeneração liberal em todos os seus aspectos e a contrarrevolução teórica antimarxista, da mesma forma que rejeitamos os desvios próprios da pequena-burguesia progressista ou radical e do pensamento acadêmico que reproduz invariavelmente a lógica da universidade burguesa. Nossa editora autogestionária assume então a dupla tarefa de enfrentar a lógica capitalista na produção editorial de um lado, e de outro, a hegemonia classe média e reformista sobre o pensamento socialista, superando na prática a contradição de terceirizar a produção em grandes gráficas, onde trabalhadores explorados produzem livros marxistas sobre mais-valia. LIBERTAR A LITERATURA REVOLUCIONÁRIA!

Mostra virtual e permanente Olney São Paulo

A Sala Popular de Cinema da Casa da Resistência apresenta a Mostra virtual permanente Olney São Paulo, com a filmografia completa de Olney São Paulo disponível online e gratuitamente em plataformas de vídeo, além de exibições gratuitas dos filmes de Olney São Paulo e rodas de conversa no cineclube comunitário da Sala Popular de Cinema. Olney Alberto São Paulo foi um cineasta sertanejo, precursor da produção documental no Brasil. Com uma formação influenciada pelo neorrealismo italiano e o western norte-americano, o cinema marginal de Olney São Paulo lhe rendeu a alcunha de “cineasta maldito do sertão”, por seus temas subversivos e questionamentos da realidade social brasileira. Representante da segunda fase do Cinema Novo dirigiu 14 filmes e segundo Glauber Rocha: “Olney é a Metáfora de uma Alegorya – o cineasta foi perseguido, preso e torturado. Manhã Cinzenta é o grande filmexplosão de 1968. Panfleto bárbaro e sofisticado, revolucionário a ponto de provocar prisão, tortura e iniciativa mortal no corpo do Artysta.” Ícone do audiovisual militante brasileiro, Olney São Paulo nasceu em Riachão do Jacuípe, em 7 de agosto de 1936, e se mudou com a família ainda adolescente para Feira de Santana, onde estudou, participou do grêmio e do jornal da escola. Foi acompanhando as filmagens de “A Rosa dos Ventos” em 1954, que se decidiu pelo mundo do cinema. Muito ativo na militância cultural, se envolveu com teatro amador, foi redator do jornal “O Coruja”, criou o programa de rádio “Cinerama” e se tornou cineasta autodidata. Dirigiu o curta “Um crime na rua” em 1955 e nesse mesmo período participou da Associação Cultural Filinto Bastos, criou a Sociedade Cultural e Artística (SCAFS) e o Teatro de Amadores (TAFS). Conquistou prêmios nacionais escrevendo contos e também foi autor do roteiro do documentário “O Bandido Negro”, sobre o escravo rebelde Lucas de Feira. No início dos anos 1960, Olney entra em contato com o Cinema Novo e começa também a publicar a revista literária Sertão. Em 1964 dirige “O Grito da Terra”, seu primeiro longa-metragem, baseado no romance “Caatinga” de Ciro de Carvalho Leite. Em 1969 lança “Manhã Cinzenta”, filme que lhe rendeu reconhecimento internacional, foi censurado e distribuído clandestinamente, sendo o motivo da sua prisão e tortura pela ditadura militar fascista. Faleceu em 15 de fevereiro de 1978 em decorrência de problemas de saúde causados pelas torturas.

Plataforma Chico Pinto: Constuir a Democracia Popular

No curto governo popular de Chico Pinto, interrompido pelo golpe militar fascista de 1964 com a cassação e prisão do prefeito eleito e amplamente apoiado pelo povo pobre e trabalhador feirense, a prefeitura planejou e organizou as obras necessárias e o orçamento público com a participação direta das associações de bairro e dos sindicatos. As experiências de governos populares nas cidades, orçamento participativo e radicalização democrática remetem aos primeiros governos municipais do PT, como de Olívio Dutra em Porto Alegre em 1989, ou mais recentes, como as gestões de João Paulo em Recife (2001-08). Vale destacar também os governos trabalhistas de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul (1959-63) e Rio de Janeiro (1983-87; 1991-94), ou o próprio governo das “reformas de base” de Jango (1961-64). Após duas décadas de hegemonia ronaldista, com Feira sendo dominada pela quadrilha de José Ronaldo e vítima dos seus desmandos, ingerência, mentiras, roubalheira e incompetência, a cidade de Maria Quitéria, Lucas da Feira e George Américo clama por transformações profundas que façam da Princesa do Sertão uma cidade de direitos e que garanta uma vida digna para seu povo. A vitória eleitoral sobre o ronaldismo é também fruto de um processo de lutas do povo e da juventude feirense por mais de 20 anos, seja nas grandes manifestações pelo transporte público, nas diversas tomadas do paço municipal e da câmara de vereadores, nas ocupações urbanas e na luta por moradia, nas mobilizações das diversas categorias de trabalhadores, na defesa da educação e da saúde, no enfrentamento ao BRT de mentira e tantas outras. O importante movimento construído em torno da União por Feira e da candidatura de Zé Neto como uma frente ampla representativa da vontade popular e do sentimento de mudança, apresentou um programa de governo participativo que é também uma oportunidade histórica para fazer avançar a construção de uma democracia popular baseada na gestão coletiva dos serviços públicos através de comitês populares nos territórios, nos conselhos de base dos diversos setores sociais e em mecanismos de consulta e participação direta do povo feirense. POR UM GOVERNO PARTICIPATIVO, BASEADO EM COMITÊS POPULARES, CONSELHOS DE BASE E CONSULTAS AO POVO FEIRENSE! instagram.com/plataformachicopinto plataformachicopinto.org                          

Plataforma Chico Pinto: retomar Feira de Santana para seu povo 

A Plataforma Chico Pinto é uma proposta de construção de um programa popular, democrático e radical para transformar Feira de Santana, que busca debater coletivamente e contribuir para retomar nossa cidade para o povo feirense. Uma plataforma programática da esquerda popular e construída de forma colaborativa, por uma Feira de Santana que garanta uma vida digna para a maioria de sua população, com direitos sociais, serviços fundamentais e políticas públicas. Acreditamos que é fundamental articular as lutas sociais e organizar as demandas da nossa gente a partir de um conjunto de medidas e propostas que possam responder e enfrentar os graves problemas do povo feirense, impulsionado uma ampla frente política e social baseada na unidade democrática, na diversidade e na participação popular, com um projeto radical de transformação social para defender Feira contra o descaso, o abandono e a pilhagem promovida pelos criminosos que controlam por décadas o poder político e econômico em nossa cidade. Dominada e destruída pelo mesmo grupo mafioso e corrupto ligado ao ex-prefeito José Ronaldo há mais de 20 anos, Feira de Santana vive um dos piores momentos da sua história, com serviços públicos sucateados, saúde e educação abandonadas, desemprego e trabalho precário afligindo as famílias trabalhadoras, mobilidade urbana caótica e excludente, violência urbana desenfreada, cultura desprezada, problemas graves de saneamento, falta de políticas ambientais, planejamento urbano e moradia decente. Colbert Martins Filho, apadrinhado político de José Ronaldo e que venceu as últimas eleições de forma fraudulenta, fez uma das piores gestões municipais que Feira de Santana já viu, desonrando o nome e a memória do seu pai. Um governo criminoso que abandonou nosso povo durante a pandemia, foi marcado diversos casos de corrupção, total falta de diálogo, além de truculência e grande incompetência, que vai nos deixando uma cidade arruinada e desolada por onde quer que se olhe. Reivindicamos com muita honra e respeito o nome e a trajetória de Chico Pinto para a nossa plataforma. Prefeito eleito em 1962 com o lema “Francisco Pinto na prefeitura é o povo governando” e onde aparecia na campanha ao lado de um trabalhador rural com uma foice e um operário com um martelo, Chico Pinto fez um governo de transformação e participação popular com o orçamento sendo elaborado com as associações e os moradores decidindo as obras necessárias como calçamento de ruas, construção de escolas e redes de água. Pinto também promoveu um amplo programa de alfabetização e se alinhou com a defesa das reformas de base do governo Jango. Em 1964, Chico Pinto enfrentou ao lado do povo os golpistas e reacionários até ser derrubado ilegalmente e preso, se tornando um grande símbolo da resistência democrática e da luta contra a ditadura militar fascista no Brasil, pela qual seria novamente cassado como deputado federal em 1974. A Plataforma Chico Pinto é baseada no debate a partir dos territórios e associações comunitárias, das categorias de trabalhadores e da juventude feirense, através de plenárias públicas e de um site colaborativo, a fim de apresentar um programa em eixos temáticos, propostas e soluções para os graves problemas socioeconômicos que enfrentamos em nosso cotidiano, entendendo a cidade como a primeira instância que deve garantir direitos à maioria pobre e trabalhadora das periferias e zonas rurais. Partimos da defesa de um grande projeto de cooperativas populares, crédito e moeda social para enfrentar o desemprego, a radicalização democrática com o controle comunitário dos serviços públicos a partir de comitês populares nos bairros periféricos, a estatização do transporte público com tarifa zero e integração dos modais, o fim da máfia das “gatas” na saúde e da corrupção que mata nosso povo todos os dias, a reorganização da rede de educação, um programa de soberania alimentar, combate à fome e incentivo à agricultura camponesa, um novo planejamento urbano e ambiental que enfrente a especulação, além de outras séries de medidas para transformar radicalmente nossa Feira. instagram.com/plataformachicopinto plataformachicopinto.org                          

BOLSONARO NUNCA MAIS! Pelos nossos mortos, contra a fome e a destruição dos direitos do povo

O primeiro turno das eleições, contrariando grande parte das pesquisas, consolidou a avalanche reacionária do bolsonarismo nas disputas para os governos estaduais, senado, câmara federal e assembleias legislativas. Utilizando a máquina pública, o abuso de poder e a corrupção institucionalizada através do orçamento secreto, a extrema-direita e o chamado centrão conseguiram eleger a maioria no parlamento, abrindo inclusive a possibilidade de controle do judiciário e do executivo no próximo período, caso Bolsonaro consiga reverter a derrota com pequena margem no primeiro turno para Lula e ganhe as eleições presidenciais. Em um processo eleitoral fortemente marcado pela rejeição aos dois lados e pelo voto útil, a aliança entre o bolsonarismo e os partidos da direita fisiológica ameaçam o futuro do Brasil. O governo criminoso, genocida e desumano de Jair Bolsonaro apoiado por políticos pilantras, militares facínoras e setores da burguesia e do agronegócio é responsável pelos piores ataques contra o povo brasileiro da história do nosso país. As milhares e milhares de mortes por Covid-19 por culpa do negacionismo e do atraso nas vacinas, a volta ao mapa da fome, os níveis recordes de desemprego e informalidade, a inflação galopante e o alto custo de vida, o desmonte de programas sociais, o favorecimento da destruição ambiental e os ataques aos serviços públicos como saúde, educação e previdência são algumas das atrocidades contra nosso povo cometidas por um governo reacionário, obscurantista e neoliberal.              Essa é uma eleição atípica onde a maioria do povo pobre e trabalhador deu a vitória no primeiro turno para Lula, demonstrando principalmente a insatisfação e a repulsa popular contra esse governo de canalhas e picaretas. Por outro lado, além de utilizar a máquina de notícias falsas e comprar votos com dinheiro público, usar igrejas evangélicas para promover terror psicológico, fazer uma campanha racista contra nordestinos, patrões e gestores ligados ao bolsonarismo tem se movimentando no sentido de dificultar que o povo pobre vote em Lula e derrote Bolsonaro nas urnas. Consideramos que nesta conjuntura especial a tática eleitoral das organizações revolucionárias e movimentos combativos não passa por incentivar a abstenção, sob o risco de se cumprir um papel de linha auxiliar do fascismo bolsonarista. Devemos ter em conta que o circo eleitoral dessa falsa democracia tem como função principal alternar governos de turno e ajustar os níveis de miséria e exploração de nossa gente. O processo eleitoral é no fim para o povo pobre e trabalhador uma escolha de quais inimigos irão gerir o Estado capitalista. A classe trabalhadora brasileira, desmobilizada pelas décadas de hegemonia petista e pelos governos de conciliação, encontra-se em uma situação defensiva. Desorganizado e fragmento nosso povo batalha diariamente para sobreviver, mas sem os instrumentos de luta coletiva e sem capacidade de organização para enfrentar os ataques dos de cima, pois foi desarmado pelas direções traidoras das centrais sindicais pelegas e pelos dirigentes conciliadores da esquerda domesticada e eleitoral.  Um possível segundo mandato de Bolsonaro, somado ao aprofundamento da crise capitalista que desponta internacionalmente, pode jogar em pouco tempo nosso país em uma situação de completa barbárie, com a ampliação da fome e da miséria, a destruição dos poucos direitos sociais que nos restam, o fim dos serviços públicos e mais privatizações criminosas. Por tudo isso, a luta contra o bolsonarismo nesse segundo turno deve tomar como forma objetiva, além da mobilização de base, da organização da autodefesa e das intervenções de propaganda, a defesa do voto pragmático em Lula contra Bolsonaro, sem que isso signifique comprar as ilusões colaboracionistas vendidas pelo petismo e muito menos avalizar o programa neoliberal da frente ampla formada em torno da candidatura de Lula. É preciso varrer o bolsonarismo de volta para o esgoto e muito além do processo eleitoral é fundamental avançar na organização e na mobilização, construindo o programa popular e revolucionário para lutar pelas urgências de nossa gente e por justiça social, apontando como caminho a construção dos organismos de poder do povo, dos instrumentos de autodefesa popular e da revolução socialista como nosso horizonte e única solução. Como nos ensinou Marighella: “pelo caminho do voto, o povo brasileiro jamais conseguirá sua libertação”.        DERROTAR O BOLSONARISMO! MORTE AO FASCISMO! ORGANIZAR E RADICALIZAR AS LUTAS DO POVO! ÚNICA SOLUÇÃO, REVOLUÇÃO! Movimento de Unidade Popular – MUP Outubro de 2022, Brasil.

Polarização neoliberal, violência política e circo eleitoral

Não é uma cena difícil de imaginar, pois é cotidiana para a maioria do nosso povo. Um jovem negro é parado por uma viatura da Polícia Militar enquanto retorna caminhando para sua casa. Mesmo exausto de uma jornada diária extenuante, segue um longo caminho para um bairro da periferia onde mora, porque precisa economizar o dinheiro da passagem do transporte público. Dois policiais, com armas em punho, descem do carro e iniciam a abordagem. Um dos policiais xinga e agride violentamente o jovem durante o baculejo, enquanto o outro, menos agressivo, faz perguntas e explica que suas características combinam com a descrição de um suspeito de cometer roubos nas proximidades, não por acaso, também negro. É uma espécie de teatro macabro da morte, onde o “policial mau” e o “policial bom” encenam papéis diferentes, mas complementares, cujo objetivo é o mesmo.         A Polícia Militar é uma máquina de matança e repressão, com corporações dominadas por grupos criminosos e cuja função principal é aterrorizar o povo trabalhador, em especial, o proletariado negro e a maioria marginalizada economicamente. A brutalidade policial é uma forma de opressão contra o povo pobre e trabalhador necessária para a manutenção dos níveis de exploração, desigualdade e miséria. O terrorismo de Estado e o neoliberalismo se complementam. O Estado Policial de hoje, que tem raízes históricas na escravidão, natureza oligárquica e foi moldado pela ditadura militar, é essencial ao capitalismo brasileiro e à dominação burguesa na atual etapa. O projeto neoliberal faz do nosso país um dos mais desiguais do mundo, transformando a vida da maioria de nossa gente em um verdadeiro inferno sobre a terra, sobrevivendo entre a pobreza, a negação de direitos sociais fundamentais, as dívidas, o desemprego ou o trabalho precarizado. O neoliberalismo é a nova escravidão.        A cena do “policial mau” e do “policial bom” representando papéis diferentes e complementares que descrevemos é a metáfora exata de como o neoliberalismo no Brasil sequestrou nossa falsa democracia para manter grande parte do povo brasileiro em uma situação de miséria, forjando dois lados da política nacional supostamente opostos, mas que no fundo servem aos mesmos senhores: os grandes capitalistas, o agronegócio, os banqueiros e o imperialismo. Bolsonaro, como o “policial mau”, que representa um projeto neoliberal conservador, mobilizando a irracionalidade e os piores sentimentos de um setor da população, principalmente da classe média, faz um governo criminoso e genocida apoiado por militares reacionários, hordas fascistas, pastores charlatães e um Congresso Nacional de ladrões e representantes da burguesia, dominado pelo chamado “Centrão”. Mobilizando setores armados através de clubes de tiro e de caçadores de fachada (os CACs), policiais militares em corporações de todo o país, milícias e organizações criminosas, parte dos comandados das Forças Armadas, assim como, caminhoneiros mercenários e um setor da burguesia brasileira, principalmente ligada ao agronegócio, mas ainda também explorando um sentimento antipetista responsável por sua eleição em 2018 e apoiado por uma rede internacional de extrema-direita, que envolve desde o racista Donald Trump até o Estado sionista de Israel, Bolsonaro ameaça uma tentativa de golpe de Estado diante de sua inevitável derrota eleitoral e iminente prisão em 2023. Responsável por grande parte das mortes de brasileiros que poderiam ser evitadas na pandemia de Covid-19 com suas políticas negacionistas e contra as vacinas, as quase 700 mil vítimas em números oficiais podem chegar na verdade ao número macabro de cerca de 2 milhões de mortes no país, segundo as próprias estimativas de subnotificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo Bolsonaro também é culpado pelos piores ataques contra a classe trabalhadora brasileira nos últimos tempos, aprofundando o programa neoliberal dos governos anteriores, promovendo diversas privatizações e favorecendo a destruição ambiental, atacando a aposentadoria, os direitos dos trabalhadores, a educação e a saúde pública, destruindo programas sociais e colocando o país novamente na mapa da fome, com o maior nível de desemprego real e informalidade de nossa história, a maior inflação e carestia dos últimos 25 anos, resultando hoje em 33 milhões de brasileiros vivendo na miséria absoluta e sem ter o comer, 125 milhões com algum nível de insegurança alimentar e quase 80% das famílias endividadas, muitas vezes precisando escolher entre pagar o aluguel e as contas ou comprar comida, gás, etc. Bolsonaro manteve as criminosas políticas de Temer com o Preço de Paridade Internacional (PPI) na Petrobras, tirando dinheiro do povo com os aumentos absurdos nos combustíveis para transferir aos acionistas privados, e também o famigerado Teto dos Gastos Públicos para retirar verbas da saúde e da educação. Em conjunto com o covil de ladrões do Congresso Nacional e o gangster Arthur Lira, esse governo legalizou a roubalheira através do “orçamento secreto” e das chamadas “emendas do relator”, e é culpado ainda pelo maior desmatamento na Amazônia e outros biomas brasileiros que em grande medida foram as causas das diversas tragédias ambientais que vivemos nos últimos tempos.  Bolsonaro e sua família de idiotas, os militares facínoras que apoiam seu governo e fizeram do Estado brasileiro uma grande fonte de mamatas, os políticos pilantras que dão suporte aos ataques contra o povo, e os capitalistas que ajudaram a eleger e manter esse governo criminoso, mais do que a cadeia, merecem receber a fúria da justiça popular. São vermes e bandidos, cujo único fim justo deve ser a vingança do povo, cobrando as mortes e os crimes contra os brasileiros e brasileiras pelos quais são responsáveis. Lula, representando por sua vez o “policial bom” do teatro neoliberal, capitaliza boa parte da esperança de mudança do povo brasileiro, em grande parte pela memória positiva da economia em seus dois governos, mas é o velho charlatão neoliberal e negociador de sempre. A frente ampla de Lula e Geraldo Alckmin que reúne partidos da falsa esquerda como PT, PCdoB e PSB, passando pelos setores da esquerda liberal como o PSOL, direções corrompidas das centrais sindicais como CUT e CTB e de movimentos como MST, APIB, MTST e outros, até os partidos de direita e parte do “Centrão”, é apoiada também por grandes capitalistas e

Curso de Formação: Organização Territorial e Poder Comunitário

A organização comunitária e a luta nos territórios têm profundas raízes em nossa história como povo brasileiro. Desde a resistência dos diversos povos indígenas contra a dominação colonial, as lutas do povo negro e a formação dos primeiros quilombos, que foram comunidades rebeldes e livres para resistir à escravidão, passando pelas irmandades, os ateneus e as associações mutualistas, nossa gente vem se organizando a partir dos territórios e locais de moradia para lutar coletivamente, defender os direitos sociais e enfrentar os opressores.         É o sentido de coletividade e solidariedade que nos torna humanos. É a dominação capitalista que divide a espécie humana em opressores e oprimidos, exploradores e explorados, senhores e escravos. A desigualdade provocada pelo capitalismo, que se amplia em países subdesenvolvidos como o Brasil, submete a maioria do nosso povo a condições desumanas, sobrevivendo como pode de forma precária, com o trabalho sem direitos, enfrentando o desemprego, a extrema pobreza e até mesmo a fome. Convivemos todos os dias com a falta de saneamento básico, o transporte público precário, as dificuldades com a saúde pública e a educação de nossas crianças e jovens, além da violência desenfreada em nossas comunidades e o descaso com nossas vidas por parte do Estado, dos governos e dos poderosos. Somos nós, o povo trabalhador, que pagamos pela crise capitalista, com a inflação e a carestia, o desemprego e o trabalho informal. Sofremos em conjunto com a brutalidade neoliberal, o genocídio e a negação de direitos sociais, por isso, nossa resposta enquanto povo precisa ser coletiva e a unidade popular deve ser nosso ponto de partida.  A única saída para conquistar uma vida digna é a luta organizada, através da política comunitária e da organização popular, em oposição à política dos partidos da ordem e dos políticos corruptos desse sistema apodrecido. Nas comunidades pobres e bairros populares, os territórios onde vivemos, encontramos toda a diversidade de nossa gente, o trabalhador, a dona de casa, o desempregado, os jovens, as crianças e os idosos. Nosso povo se constitui na diversidade, somos negros, caboclos, brancos pobres e mestiços, homens e mulheres que formam a classe trabalhadora, lutando todos os dias para sobreviver e sustentar nossas famílias. A solidariedade popular é a chave para enfrentar os poderosos e derrotar esse sistema de opressão e exploração.     A luta comunitária como conhecemos hoje é um fenômeno relativamente recente no Brasil e tem raízes no processo de urbanização desordenada, crescimento das cidades e industrialização dos anos 1950.  As primeiras associações de moradores foram criadas ainda na década de 1940, se expandiram pelo país e tiveram importante atuação até os anos 1960, também sofrendo com a repressão após o golpe de 1964. Nos anos 1970, ainda durante a ditadura militar fascista, o movimento comunitário ganhou novo fôlego com o Movimento Contra Carestia e o protagonismo das mulheres trabalhadoras e dos Clubes de Mães, além da importante atuação das Comunidades Eclesiais de Base, as CEBs. Nos anos 1980 foi fundada a Confederação Nacional das Associações de Moradores e o movimento comunitário exerceu um importante papel, juntamente com os sindicatos, as mobilizações operárias e da juventude, nas lutas que puseram fim ao regime militar. Nos anos 1990 e 2000, as lutas por terra e moradia, também organizadas a partir dos territórios, passaram a ter um maior protagonismo, pautando a reforma agrária e o direto à cidade.     Atualmente, cerca de 85% da população brasileira vive em áreas urbanas, concentrada principalmente em bairros periféricos e favelas das grandes e médias cidades, com diferenças nos níveis de urbanização em cada região do país. A organização territorial nas cidades continua sendo um importante instrumento para avançar nas reivindicações populares e conquistar direitos sociais, mas ao mesmo tempo, enfrenta problemas diversos como a desarticulação enquanto movimento social que organiza a classe trabalhadora a partir dos territórios e a falta de um horizonte programático que relacione as lutas imediatas e os serviços comunitários com a transformação social revolucionária e um projeto de poder do povo. O diálogo permanente e a articulação das lutas entre as comunidades pobres, as organizações da juventude proletária e os estudantes do povo, os sindicatos combativos e os coletivos de trabalhadores, são essenciais para nossa marcha até a emancipação popular. Importantes iniciativas de organização nos territórios também acontecem no campo, com a atuação das associações rurais, organizações camponesas, indígenas e quilombolas. A unidade entre o campo e a cidade é também fundamental para o avanço de nosso processo de libertação e construção de uma nova sociedade baseada na justiça e no socialismo.     O curso de formação política e educação militante “Organização Territorial e Poder Comunitário” é oferecido pela Escola de Formação Mário Alves e uma iniciativa do Movimento de Unidade Popular (MUP), com o apoio do Centro Popular George Américo. Formado por quatros módulos e com duração flexível (entre 2 e 4 encontros), nosso curso tem como objetivo oferecer ferramentas teóricas e práticas para a atuação de militantes de base e lideranças populares nos bairros periféricos, favelas, ocupações de luta por moradia, associações e núcleos comunitários. O curso de caráter intensivo contempla todos os elementos fundamentais que envolvem a dimensão político-social do trabalho comunitário-territorial a partir de 4 eixos básicos: métodos de organização interna, relações intracomunitárias e atores externos; finanças, gestão de recursos e questões jurídicas/institucionais; comunicação popular, agitprop e formação política; mobilização de base, serviços comunitários e autodefesa popular. O primeiro módulo do curso é iniciado com uma apresentação dos participantes e dos materiais de formação, além de uma introdução geral, histórica e político-teórica do tema, seguido do levantamento dos elementos da realidade local e da formação social do território. O segundo módulo segue com a conclusão sobre a realidade local, trabalhando dados político-econômicos, relações sociorraciais, contradições e atores sociais, geografia e outros elementos, passando à construção de propostas comunitárias temáticas a partir das demandas levantadas, que podem envolver questões como a educação comunitária e a cultura, o associativismo e a economia popular, a saúde pública, a luta contra a brutalidade policial e o genocídio negro, a comunicação popular, organização de

Manifesto da Campanha Justiça para Pedro Henrique

3 ANOS DE IMPUNIDADE, EXIGIMOS PUNIÇÃO PARA OS ASSASSINOS! Na madrugada do dia 27 de dezembro de 2018, três homens encapuzados invadiram a casa de Pedro Henrique Santos Cruz Souza enquanto ele dormia no bairro Nova Esperança, na cidade de Tucano, interior da Bahia, se identificaram como policiais militares, lhe deram voz de prisão e o executaram sumariamente com 8 tiros de pistola, 2 tiros atingiram o rosto de Pedro enquanto estava com as mãos na cabeça e outros 6 quando já estava caído em um colchão. Após o assassinato covarde roubaram seu celular e em seguida fugiram em um veículo prata. Pedro Henrique, morto com 31 anos, foi um ativista de direitos humanos que organizava desde 2013, em Tucano (BA), a Caminhada da Paz. Após sofrer diversas ameaças e registrar denúncias na Delegacia de Tucano e no Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) sobre abordagens violentas feitas pelos policiais militares Alex Andrade Sidnei Santana, Bruno Montino e Edvando Cerqueira, Pedro foi covardemente executado em um crime premeditado, um assassinato político cometido por agentes do Estado. A Caminhada da Paz, organizada por Pedro em Tucano, sempre teve como objetivo denunciar as ações violentas e criminosas da PM na cidade baiana, como a “Chacina de Tucano”, quando 5 jovens da periferia foram arrancados de suas casas, torturados e assassinados por policiais em junho de 2015. Após a realização da VI Caminhada da Paz, última organizada por Pedro, em maio de 2018, quando PMs tentaram aterrorizar e amedrontar manifestantes pacíficos, as abordagens violentas aumentaram. Em outubro de 2018, Pedro teve sua casa invadida por policiais e guardas municipais, sendo conduzido, preso por cultivar alguns pés de maconha no seu quintal para consumo próprio e liberado da falsa acusação de tráfico de drogas logo em seguida. Foi após esse episódio de repressão contra a Caminhada da Paz e posterior invasão ilegal da casa de Pedro, que as ameaças dos policiais militares aumentaram, até que cumprindo essas ameaças, Pedro Henrique seria brutalmente assassinado em 27 de dezembro de 2018. Os assassinos foram reconhecidos pela testemunha ocular do crime, a companheira de Pedro que dormia com ele no local, um inquérito policial foi aberto e concluído, cabendo ao Ministério Público do Estado da Bahia oferecer denúncia contra os assassinos, mas o MP-BA segue novamente se omitindo e retardando o processo por meses e meses. Apenas no segundo semestre de 2021 foi criado o Grupo de Operação Especial e Operacional de Segurança Pública (GEOSP) para atuar junto ao Ministério Público nas investigações. Os policiais militares Bruno de Cerqueira Montino, Sidnei Santana Costa e José Carlos Dias dos Santos, que atuam 2ª Companhia da PM-BA de Tucano e no 5º Batalhão da PM-BA de Euclides da Cunha, foram reconhecidos, apontados pela testemunha e indiciados como assassinos de Pedro, mas mesmo assim, não foram nem mesmo afastados da corporação e seguem atuando impunemente na Polícia Militar da Bahia. Pedro Henrique é uma vítima do Terrorismo de Estado. Sua morte foi um assassinato político cometido por agentes do Estado. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), é cúmplice e conivente com a brutalidade policial, a violência estatal e o genocídio que atinge principalmente jovens homens negros e pobres na Bahia. A Polícia Militar da Bahia é responsável por milhares de assassinatos extrajudiciais todos os anos, figurando entre as corporações que mais matam jovens pobres no país. Os grupos de extermínio atuam sob o silêncio e a cumplicidade das autoridades e a própria lógica genocida de atuação da PM-BA é de inteira responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e do governo do Estado da Bahia.            Os policiais envolvidos no assassinato de Pedro Henrique, após as denúncias do caso também passaram a tentar intimidar a professora Ana Maria Cruz, mãe de Pedro, que além de ameaçada, foi processada e acusada de injúria e difamação. A Campanha Justiça para Pedro Henrique, formada por familiares e amigos de Pedro, entidades de direitos humanos e organizações negras e populares da Bahia e do Brasil exige do Governo da Bahia, da Secretaria de Segurança Pública, do judiciário e do Ministério Público do Estado da Bahia o posicionamento público e o imediato afastamento da PM-BA dos policiais miliares Bruno de Cerqueira Montino, Sidnei Santana Costa e José Carlos Dias dos Santos, assim como, a prisão preventiva, o julgamento e a punição devida e exemplar dos assassinos de Pedro. Nessa data que marca os 3 anos do assassinato de Pedro e a memória de um mártir e jovem lutador do povo assassinado covardemente, convocamos todos e todas para se somarem à nossa mobilização, pois é preciso dar um basta na impunidade e exigir a punição imediata dos assassinos. PEDRO HENRIQUE VIVE E LUTA!PUNIÇÃO PARA OS ASSASSINOS!ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO E O GENOCÍDIO! 27 de dezembro de 2021, Bahia, Brasil. CAMPANHA JUSTIÇA PARA PEDRO HENRIQUE Familiares e Amigos de Pedro Henrique; Alternativa Popular; Casa da Resistência; Centro Popular George Américo; Coletivo Carranca – FOB; Coletivo Negro Minervino de Oliveira – PCB; Contrapoder; Cooperativa Ujamaa; Editora Grito do Povo; Editorial Adandé; Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil – FOB; Frente Estadual pelo Desencarceramento na Bahia; Mandato da Resistência Dep. Estadual Hilton Coelho (PSOL-BA); Mídia1508; Mídia Independente Coletiva – MIC; Movimento de Unidade Popular – MUP.