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Nota de solidariedade à VII Marcha Internacional Contra o Genocídio do Povo Negro

Saudamos as e os combatentes e participantes da Marcha Internacional contra o Genocídio do Povo Negro, que chega a sua 7ª edição mantendo acesa a chama da tradição radical negra na Bahia, saudamos também a iniciativa da Reaja Organização Política e da Escola Winnie Mandela em permanecer na vanguarda da defesa da vida, da liberdade e da justiça para o Povo Negro, e não se dobrar diante da lama da prostituição política e do mar do oportunismo racial de quem se rendeu e se vendeu ao governo genocida de Rui Costa, em troca das migalhas da supremacia branca e da institucionalidade colonial e burguesa.

É necessário dizer o que enfrentamos. Os governos petistas na Bahia anteciparam o bolsonarismo com a ampliação do Estado policial, do genocídio negro, do terrorismo de Estado e gestão da barbárie neoliberal. Enquanto Rui Costa, sua base de apoio e linha-auxiliar blefam contra aspectos do governo neonazista de Jair Bolsonaro para efeitos de propaganda, seu governo organiza um holocausto negro na Bahia, ampliando a brutalidade e a letalidade policial, o encarceramento em massa, intensificando as matanças de pretos e pobres nas periferias e favelas da capital e do interior, e de forma descarada esse governo antecipou o genocida Pacote Anti-Crime que torna as execuções extrajudiciais e os crimes cometidos por policiais uma política de Estado, através da Instrução Normativa Conjunta Nº 01, de 8 de julho de 2019. A Polícia Militar da Bahia assume contra a maioria negra e favelada a função de uma tropa neocolonial, covarde e nazista que aterroriza, violenta e assassina um povo desarmado e traído, na capital e no interior. Rui Costa, como um bolsonarista de vermelho ou sua versão caricata, carioca e assumidamente neonazista, Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, também comemora a morte de pessoas negras e autoriza ataques aéreos contra comunidades pobres.

O governo petista-bolsonarista da Bahia também ataca os direitos da maioria negra e pobre, a educação pública e o direito de greve dos/as trabalhadores/as, privatiza serviços, favorece os grandes capitalistas, o agronegócio e os ataques ao meio ambiente, além de antecipar a política de militarização de escolas e organizar um famigerado e camuflado apoio à Reforma da Previdência que vai colocar milhões de trabalhadores/as na miséria, afetando principalmente o povo negro e as mulheres do povo, enquanto enriquece ainda mais os bancos e os patrões.

Acreditamos, defendemos e propormos à Reaja, aos grupos e coletivos autônomos, às organizações negras e populares combativas, aos lutadores e lutadoras sinceros da capital e do interior a construção de uma unidade real e revolucionária entre os que não se renderam ao oportunismo e as mentiras da esquerda institucional. Para erguer uma Frente contra o Genocídio do Povo Negro e o Terrorismo de Estado na Bahia que impulsione de forma permanente a mobilização, a ação e a denúncia dos crimes do Estado racista e neocolonial, tendo como caminho a construção de organismos comunitários de proteção e autodefesa negra e popular, para enfrentar a supremacia branca, o Estado genocida e os governos de turno da direta fascista ou da esquerda traidora.

REAJA OU SERÁ MORTO, REAJA OU SERÁ MORTA!
ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO, O FASCISMO INSTITUCIONAL E O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO!
ORGANIZAR A AUTODEFESA NEGRA E POPULAR!
JUSTIÇA PARA PEDRO HENRIQUE!
LIBERDADE PARA DARK MC!

Casa da Resistência – FOB – Centro Popular George Américo – Coletivo Carranca – Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC)

22 de agosto, Bahia.

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