¡BOLSONARO NUNCA MÁS! Por nuestros muertos, contra el hambre y la destrucción de los derechos del pueblo

Traduzido pelo Movimiento Rebelión Popular El primer turno de las elecciones, contrariando gran parte de las encuestas, consolidó la avalancha reaccionaria del bolsonarismo en las disputas para los gobiernos estatales, senado, cámara federal y asambleas legislativas. Utilizando la maquinaria pública, el abuso del poder y la corrupción institucionalizada mediante el presupuesto secreto, la extrema derecha y el llamado centro consiguieron elegir la mayoría en el parlamento, abriendo incluso la posibilidad de controlar el poder judicial y el ejecutivo en el próximo período, en caso de que Bolsonaro consiga revertir la derrota con el pequeño margen que sacó Lula en el primer turno para las elecciones presidenciales. En un proceso electoral fuertemente marcado por el rechazo a ambos lados y el voto útil, la alianza entre el bolsonarismo y los partidos de la derecha fisiológica amenazan el futuro de Brasil. El gobierno criminal, genocida y deshumano de Jair Bolsonaro, apoyado por políticos deshonestos, militares fascinerosos, sectores de la burguesía y el agronegocio, es responsable por los peores ataques contra el pueblo brasileño en la historia de nuestro país. Las millares de muertes por COVID 19 a causa del negacionismo y del atraso de las vacunas, la vuelta al mapa del hambre, los niveles récord de desempleo e informalidad, la inflación galopante y el alto costo de vida, el desmantelamiento de programas sociales, el favorecimiento de la destrucción ambiental y los ataques a los servicios públicos como la salud, educación y seguridad social son algunas de las atrocidades contra nuestro pueblo cometidas por un gobierno reaccionario, oscurantista y neoliberal. Esta es una elección atípica donde la mayoría del pueblo pobre y trabajador dio la victoria a Lula en el primer turno, demostrando principalmente la insatisfacción y la repulsa popular contra este gobierno de canallas y estafadores. Por otro lado, además de utilizar la máquina de noticias falsas y comprar votos con dinero público, usar las iglesias evangélicas para promover terror psicológico, hacer una campaña racista contra nordestinos, patrones y gestores ligados al bolsonarismo se han movido en el sentido de dificultar que el pueblo vote por Lula y derrote a Bolsonaro en las urnas. Considerando que en esta coyuntura especial la táctica electoral de las organizaciones revolucionarias y movimientos combativos no pasa por incentivar la abstención, bajo el riesgo de cumplir el papel de línea auxiliar del fascismo bolsonarista. Debemos tener en cuenta que el circo electoral de esta falsa democracia tiene como función principal alternar gobiernos de turno y ajustar los niveles de miseria y explotación de nuestra gente. El proceso electoral para el pueblo trabajador no es sino una elección de cuáles de sus enemigos van a gerenciar el estado capitalista. La clase trabajadora brasileña, desmovilizada por décadas de hegemonía petista y por los gobiernos de conciliación, se encuentra en una situación defensiva. Desorganizado y fragmentado nuestro pueblo batalla diariamente para sobrevivir, pero sin los instrumentos de lucha colectiva y sin capacidad de organización para enfrentar los ataques de los de arriba, pues fue desarmado por las direcciones traidoras de las centrales sindicales y por los dirigentes conciliadores de la izquierda domesticada y electoralista. Un posible segundo mandato de Bolsonaro, sumado a la profundización de la crisis capitalista que despunta internacionalmente, puede sumir en poco tiempo a nuestro país en una situación de completa barbarie, con ampliación del hambre y la miseria, la destrucción de los pocos derechos sociales que nos quedan, el fin de los servicios públicos y las privatizaciones criminales. Por todo eso, la lucha contra el bolsonarismo en el segundo turno debe tomarse de forma objetiva, además de la movilización de base, la organización de autodefensas y de las intervenciones de propaganda; la defensa del voto pragmático en Lula contra Bolsonaro sin que eso signifique comprar las ilusiones colaboracionistas vendidas por el petismo y mucho menos avalar el programa neoliberal del frente amplio formado en torno de la candidatura de Lula. Es preciso barrer el bolsonarismo de vuelta a la cloaca, y más allá del proceso electoral es fundamental avanzar en la organización y la movilización, construyendo un programa popular y revolucionario para luchar por las urgencias de nuestra gente y por la justicia social, apuntando como camino a la construcción de los organismos de poder popular, de los instrumentos de autodefensa popular y de la revolución socialista como nuestro horizonte y única solución. Como nos enseñó Marighella: “por el camino del voto, el pueblo brasileño jamás conseguirá su liberación”. ¡DERROTAR EL BOLSONARISMO! ¡MUERTE AL FASCISMO! ¡ORGANIZAR Y RADICALIZAR LAS LUCHAS DEL PUEBLO! UNICA SOLUCION, REVOLUCION! Movimento de Unidade Popular – MUP Octubre de 2022 – Brasil.

BOLSONARO NUNCA MAIS! Pelos nossos mortos, contra a fome e a destruição dos direitos do povo

O primeiro turno das eleições, contrariando grande parte das pesquisas, consolidou a avalanche reacionária do bolsonarismo nas disputas para os governos estaduais, senado, câmara federal e assembleias legislativas. Utilizando a máquina pública, o abuso de poder e a corrupção institucionalizada através do orçamento secreto, a extrema-direita e o chamado centrão conseguiram eleger a maioria no parlamento, abrindo inclusive a possibilidade de controle do judiciário e do executivo no próximo período, caso Bolsonaro consiga reverter a derrota com pequena margem no primeiro turno para Lula e ganhe as eleições presidenciais. Em um processo eleitoral fortemente marcado pela rejeição aos dois lados e pelo voto útil, a aliança entre o bolsonarismo e os partidos da direita fisiológica ameaçam o futuro do Brasil. O governo criminoso, genocida e desumano de Jair Bolsonaro apoiado por políticos pilantras, militares facínoras e setores da burguesia e do agronegócio é responsável pelos piores ataques contra o povo brasileiro da história do nosso país. As milhares e milhares de mortes por Covid-19 por culpa do negacionismo e do atraso nas vacinas, a volta ao mapa da fome, os níveis recordes de desemprego e informalidade, a inflação galopante e o alto custo de vida, o desmonte de programas sociais, o favorecimento da destruição ambiental e os ataques aos serviços públicos como saúde, educação e previdência são algumas das atrocidades contra nosso povo cometidas por um governo reacionário, obscurantista e neoliberal.              Essa é uma eleição atípica onde a maioria do povo pobre e trabalhador deu a vitória no primeiro turno para Lula, demonstrando principalmente a insatisfação e a repulsa popular contra esse governo de canalhas e picaretas. Por outro lado, além de utilizar a máquina de notícias falsas e comprar votos com dinheiro público, usar igrejas evangélicas para promover terror psicológico, fazer uma campanha racista contra nordestinos, patrões e gestores ligados ao bolsonarismo tem se movimentando no sentido de dificultar que o povo pobre vote em Lula e derrote Bolsonaro nas urnas. Consideramos que nesta conjuntura especial a tática eleitoral das organizações revolucionárias e movimentos combativos não passa por incentivar a abstenção, sob o risco de se cumprir um papel de linha auxiliar do fascismo bolsonarista. Devemos ter em conta que o circo eleitoral dessa falsa democracia tem como função principal alternar governos de turno e ajustar os níveis de miséria e exploração de nossa gente. O processo eleitoral é no fim para o povo pobre e trabalhador uma escolha de quais inimigos irão gerir o Estado capitalista. A classe trabalhadora brasileira, desmobilizada pelas décadas de hegemonia petista e pelos governos de conciliação, encontra-se em uma situação defensiva. Desorganizado e fragmento nosso povo batalha diariamente para sobreviver, mas sem os instrumentos de luta coletiva e sem capacidade de organização para enfrentar os ataques dos de cima, pois foi desarmado pelas direções traidoras das centrais sindicais pelegas e pelos dirigentes conciliadores da esquerda domesticada e eleitoral.  Um possível segundo mandato de Bolsonaro, somado ao aprofundamento da crise capitalista que desponta internacionalmente, pode jogar em pouco tempo nosso país em uma situação de completa barbárie, com a ampliação da fome e da miséria, a destruição dos poucos direitos sociais que nos restam, o fim dos serviços públicos e mais privatizações criminosas. Por tudo isso, a luta contra o bolsonarismo nesse segundo turno deve tomar como forma objetiva, além da mobilização de base, da organização da autodefesa e das intervenções de propaganda, a defesa do voto pragmático em Lula contra Bolsonaro, sem que isso signifique comprar as ilusões colaboracionistas vendidas pelo petismo e muito menos avalizar o programa neoliberal da frente ampla formada em torno da candidatura de Lula. É preciso varrer o bolsonarismo de volta para o esgoto e muito além do processo eleitoral é fundamental avançar na organização e na mobilização, construindo o programa popular e revolucionário para lutar pelas urgências de nossa gente e por justiça social, apontando como caminho a construção dos organismos de poder do povo, dos instrumentos de autodefesa popular e da revolução socialista como nosso horizonte e única solução. Como nos ensinou Marighella: “pelo caminho do voto, o povo brasileiro jamais conseguirá sua libertação”.        DERROTAR O BOLSONARISMO! MORTE AO FASCISMO! ORGANIZAR E RADICALIZAR AS LUTAS DO POVO! ÚNICA SOLUÇÃO, REVOLUÇÃO! Movimento de Unidade Popular – MUP Outubro de 2022, Brasil.

Polarização neoliberal, violência política e circo eleitoral

Não é uma cena difícil de imaginar, pois é cotidiana para a maioria do nosso povo. Um jovem negro é parado por uma viatura da Polícia Militar enquanto retorna caminhando para sua casa. Mesmo exausto de uma jornada diária extenuante, segue um longo caminho para um bairro da periferia onde mora, porque precisa economizar o dinheiro da passagem do transporte público. Dois policiais, com armas em punho, descem do carro e iniciam a abordagem. Um dos policiais xinga e agride violentamente o jovem durante o baculejo, enquanto o outro, menos agressivo, faz perguntas e explica que suas características combinam com a descrição de um suspeito de cometer roubos nas proximidades, não por acaso, também negro. É uma espécie de teatro macabro da morte, onde o “policial mau” e o “policial bom” encenam papéis diferentes, mas complementares, cujo objetivo é o mesmo.         A Polícia Militar é uma máquina de matança e repressão, com corporações dominadas por grupos criminosos e cuja função principal é aterrorizar o povo trabalhador, em especial, o proletariado negro e a maioria marginalizada economicamente. A brutalidade policial é uma forma de opressão contra o povo pobre e trabalhador necessária para a manutenção dos níveis de exploração, desigualdade e miséria. O terrorismo de Estado e o neoliberalismo se complementam. O Estado Policial de hoje, que tem raízes históricas na escravidão, natureza oligárquica e foi moldado pela ditadura militar, é essencial ao capitalismo brasileiro e à dominação burguesa na atual etapa. O projeto neoliberal faz do nosso país um dos mais desiguais do mundo, transformando a vida da maioria de nossa gente em um verdadeiro inferno sobre a terra, sobrevivendo entre a pobreza, a negação de direitos sociais fundamentais, as dívidas, o desemprego ou o trabalho precarizado. O neoliberalismo é a nova escravidão.        A cena do “policial mau” e do “policial bom” representando papéis diferentes e complementares que descrevemos é a metáfora exata de como o neoliberalismo no Brasil sequestrou nossa falsa democracia para manter grande parte do povo brasileiro em uma situação de miséria, forjando dois lados da política nacional supostamente opostos, mas que no fundo servem aos mesmos senhores: os grandes capitalistas, o agronegócio, os banqueiros e o imperialismo. Bolsonaro, como o “policial mau”, que representa um projeto neoliberal conservador, mobilizando a irracionalidade e os piores sentimentos de um setor da população, principalmente da classe média, faz um governo criminoso e genocida apoiado por militares reacionários, hordas fascistas, pastores charlatães e um Congresso Nacional de ladrões e representantes da burguesia, dominado pelo chamado “Centrão”. Mobilizando setores armados através de clubes de tiro e de caçadores de fachada (os CACs), policiais militares em corporações de todo o país, milícias e organizações criminosas, parte dos comandados das Forças Armadas, assim como, caminhoneiros mercenários e um setor da burguesia brasileira, principalmente ligada ao agronegócio, mas ainda também explorando um sentimento antipetista responsável por sua eleição em 2018 e apoiado por uma rede internacional de extrema-direita, que envolve desde o racista Donald Trump até o Estado sionista de Israel, Bolsonaro ameaça uma tentativa de golpe de Estado diante de sua inevitável derrota eleitoral e iminente prisão em 2023. Responsável por grande parte das mortes de brasileiros que poderiam ser evitadas na pandemia de Covid-19 com suas políticas negacionistas e contra as vacinas, as quase 700 mil vítimas em números oficiais podem chegar na verdade ao número macabro de cerca de 2 milhões de mortes no país, segundo as próprias estimativas de subnotificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo Bolsonaro também é culpado pelos piores ataques contra a classe trabalhadora brasileira nos últimos tempos, aprofundando o programa neoliberal dos governos anteriores, promovendo diversas privatizações e favorecendo a destruição ambiental, atacando a aposentadoria, os direitos dos trabalhadores, a educação e a saúde pública, destruindo programas sociais e colocando o país novamente na mapa da fome, com o maior nível de desemprego real e informalidade de nossa história, a maior inflação e carestia dos últimos 25 anos, resultando hoje em 33 milhões de brasileiros vivendo na miséria absoluta e sem ter o comer, 125 milhões com algum nível de insegurança alimentar e quase 80% das famílias endividadas, muitas vezes precisando escolher entre pagar o aluguel e as contas ou comprar comida, gás, etc. Bolsonaro manteve as criminosas políticas de Temer com o Preço de Paridade Internacional (PPI) na Petrobras, tirando dinheiro do povo com os aumentos absurdos nos combustíveis para transferir aos acionistas privados, e também o famigerado Teto dos Gastos Públicos para retirar verbas da saúde e da educação. Em conjunto com o covil de ladrões do Congresso Nacional e o gangster Arthur Lira, esse governo legalizou a roubalheira através do “orçamento secreto” e das chamadas “emendas do relator”, e é culpado ainda pelo maior desmatamento na Amazônia e outros biomas brasileiros que em grande medida foram as causas das diversas tragédias ambientais que vivemos nos últimos tempos.  Bolsonaro e sua família de idiotas, os militares facínoras que apoiam seu governo e fizeram do Estado brasileiro uma grande fonte de mamatas, os políticos pilantras que dão suporte aos ataques contra o povo, e os capitalistas que ajudaram a eleger e manter esse governo criminoso, mais do que a cadeia, merecem receber a fúria da justiça popular. São vermes e bandidos, cujo único fim justo deve ser a vingança do povo, cobrando as mortes e os crimes contra os brasileiros e brasileiras pelos quais são responsáveis. Lula, representando por sua vez o “policial bom” do teatro neoliberal, capitaliza boa parte da esperança de mudança do povo brasileiro, em grande parte pela memória positiva da economia em seus dois governos, mas é o velho charlatão neoliberal e negociador de sempre. A frente ampla de Lula e Geraldo Alckmin que reúne partidos da falsa esquerda como PT, PCdoB e PSB, passando pelos setores da esquerda liberal como o PSOL, direções corrompidas das centrais sindicais como CUT e CTB e de movimentos como MST, APIB, MTST e outros, até os partidos de direita e parte do “Centrão”, é apoiada também por grandes capitalistas e

Convocatória de construção do Movimento de Unidade Popular

São tempos difíceis para o nosso povo. Vivemos uma situação de massacre permanente, avanço da miséria, desemprego, precarização, fome e carestia da vida. As políticas de morte e a guerra biológica dos governos e patrões contra o povo pobre a classe trabalhadora brasileira continuam produzindo milhares e milhares de mortes subnotificadas todos os dias por Covid-19. A intenção genocida do governo corrupto, fascista e neoliberal de Bolsonaro, tutelado pelos militares, e a ganância assassina dos ricos fazem avançar a passos largos a fome, o desemprego atinge os maiores níveis da história e o auxílio emergencial miserável é um escárnio, enquanto a inflação explode e o aumento do custo de vida é vertiginoso. O governo reacionário de Bolsonaro e dos militares, assim como, o Congresso Nacional de corruptos e os governos estaduais também a serviço do programa neoliberal, dos latifundiários e dos capitalistas, avançam em privatizações criminosas, ataques aos serviços públicos, destruição ambiental, despejos desumanos, encarceramento em massa, violência contra o povo negro, camponeses pobres e povos indígenas. Diante desse cenário catastrófico, da escalada do Estado policial e das falsas soluções para dar continuidade à barbárie neoliberal, nossa resposta deve e precisa ser a luta popular revolucionária e a organização pela base. Para reverter esse quadro devastador podemos contar apenas com nossas próprias forças. A organização independente e autônoma do povo pobre, da classe trabalhadora e da juventude combativa, a radicalização das lutas, a solidariedade e a unidade popular para vencer esse sistema de exploração e miséria, devem ser conjugadas com a construção de um programa revolucionário que relacione os objetivos concretos com uma estratégia socialista baseada na construção de instrumentos de poder do povo, por fora e contra o Estado burguês, e na transformação desse massacre sobre nossa gente em uma guerra popular, onde de um lado esteja a burguesia, o latifúndio, os partidos da ordem, os ricos, seu Estado e aparato burocrático-militar, e do outro, o povo organizado e em revolta, construindo as estruturas de gestão coletiva e comunitária, e por isso, iniciamos a construção do Movimento de Unidade Popular, o MUP, afirmando a plenos pulmões, e mais do que nunca, que a revolução é a única solução. O MUP é uma organização do povo em luta baseada na ação direta, na autogestão e autodefesa popular. Um movimento popular combativo e revolucionário para organizar a partir dos territórios, do trabalho comunitário e da economia popular, das ocupações e acampamentos, dos locais de trabalho e de estudo, dos comitês e núcleos de base nos bairros pobres e favelas, da cultura e da educação popular nas áreas urbanas e rurais, o povo pobre e trabalhador para as lutas de libertação e a revolução social, mantendo viva a longa tradição de resistência e rebeldia do povo brasileiro e da maioria afro-indígena. O Movimento de Unidade Popular tem como objetivo central organizar as lutas imediatas em defesa da vida e dos direitos de nossa gente, construindo a partir da auto-organização, dos programas comunitários de sobrevivência e das instâncias de poder proletário o caminho para a guerra revolucionária de libertação popular contra o Estado capitalista e os inimigos do povo. Orientado por uma estratégia revolucionária e socialista, somos um movimento anti-imperialista, internacionalista e anticapitalista que se organiza a partir das demandas e necessidades reais do nosso povo, alicerçado em núcleos de base, agrupações combativas e frentes de luta que se coordenam e que existem, fundamentalmente, para impulsionar a ação coletiva, articulando as lutas por moradia, trabalho, saúde, educação, terra e transporte, contra o genocídio do povo negro e pobre, a brutalidade policial e o terrorismo de Estado, o fascismo e a violência reacionária contra as mulheres do povo e as dissidências sexuais em um programa popular e revolucionário para destruir através de um processo insurrecional o poder burguês e o sistema de miséria, fome, exploração e repressão do capitalismo brasileiro, que deve ser substituído por novo um novo modelo de organização social baseado na justiça, na autogestão social e econômica e no poder do povo, ou seja, pela sociedade socialista, que entendemos e reivindicamos como definido de forma precisa pelo revolucionário e pantera negra Fred Hampton, quando disse que “o socialismo é o povo, se você tem medo do socialismo, tem medo de si mesmo”. Com a grande maioria da classe trabalhadora brasileira na informalidade, a permanência da crise capitalista e o aprofundamento dos níveis de exploração e exclusão, somados às péssimas condições de vida agravadas pela pandemia de Covid-19 e a política genocida e neoliberal do governo Bolsonaro, acreditamos que a chave para avançar na organização do nosso povo é a autogestão comunitária, fomentada a partir dos nossos territórios e das iniciativas de economia popular, ou seja, nossos núcleos de base coordenados em uma frente territorial devem impulsionar programas comunitários a partir do apoio mútuo e da solidariedade nos bairros pobres, favelas e comunidades da cidade e do campo para a formação cooperativas de trabalho autogestionárias, assim como, avançar em programas de soberania alimentar, cultura, educação popular e comunicação comunitária com base nas demandas e urgências de nossa gente, articulando o trabalho militante permanente com as lutas por direitos fundamentais através da ação direta e dos métodos combativos, com a preparação da autodefesa e um horizonte de libertação e controle popular dos nossos territórios. O MUP deve atuar, também, na organização a partir dos locais de estudo e trabalho. Impulsionando os Núcleos de Estudantes do Povo, os NEP, que são organismos de base e podem ser formados por estudantes pobres e pela juventude combativa nas escolas, institutos e universidades, conformando a frente de juventude e voltados principalmente para a formação de militantes para a luta popular revolucionária, atuando por fora da lógica pequeno-burguesa e burocrática do movimento estudantil convencional, aprofundando a linha política de servir ao povo e organizando a juventude como a tropa de choque da revolução, defendo também a educação pública como direito fundamental dos estudantes pobres, ao mesmo tempo, dando combate permanente ao liberalismo, as disputas estéreis e a degeneração pós-moderna que dominam o movimento estudantil brasileiro, construindo conhecimento

Resistência é Vida: nova etapa de luta e organização

Nos dirigimos aos nossos apoiadores e simpatizantes, aos coletivos, organizações e movimentos combativos com os quais mantemos relações fraternas e contatos, assim como, às lutadoras e lutadores sinceros e comprometidos com a causa do povo e da libertação para comunicar sobre nossa nova etapa de luta revolucionária e organização popular. Após mais de 12 anos de existência da Casa da Resistência, passando por diversas etapas organizativas, decidimos dar um passo à frente, iniciando o processo de construção do Movimento de Unidade Popular, o MUP, uma organização do povo em luta baseada na ação direta, na autogestão e na autodefesa popular. Um movimento popular combativo e revolucionário para organizar a partir dos territórios, do trabalho comunitário e da economia popular, das ocupações e acampamentos, dos locais de trabalho e de estudo, dos comitês populares e núcleos de base nos bairros pobres e favelas, da cultura e da educação popular nas áreas urbanas e rurais o povo pobre e trabalhador para as lutas de libertação e a revolução social. A Casa da Resistência deixa de assumir, portanto, o caráter que acumulava nesses últimos anos também como organização popular, passando a desenvolver seus projetos e atividades apenas como centro de cultura e sede do Movimento de Unidade Popular na Bahia, com o Comitê de Solidariedade Popular – Feira de Santana se dissolvendo dentro do novo movimento, para o qual nos dedicaremos nos próximos 2 anos à primeira etapa de construção organizacional e programática. Nessa nova etapa também nos desligamos da FOB, federação nacional na qual iniciamos um processo de participação a partir de 2017, e que após esses anos de construção, avanços, recuos e disputas internas, avaliamos que se esgotou como espaço organizativo e que as diversas contradições que impedem a federação de avançar não podem ser superadas. Apesar de apontar, desde a realização do II ENOPES, para uma transição de construção da FOB como uma organização de massas, proletária e revolucionária, os setores hegemônicos na federação limitaram seu funcionamento através do burocratismo ou do “assembleismo universtário” à uma incapacidade crônica em avançar em um programa popular e revolucionário capaz de atrair e produzir identificação com o povo pobre e trabalhador, produzindo um incontável número de querelas internas, desvios, reproduções do ativismo liberal e degenerações próprias da pequena-burguesia universitária, além de uma leitura quadrada e deslocada da realidade brasileira sobre a “reconstrução do sindicalismo revolucionário” no país. Apesar de participarmos da coordenação nacional da FOB ativamente nos últimos 2 anos e produzir ou colaborar em boa parte do material nacional público, reconhecendo também seus avanços, diversidade e as próprias limitações atuais causadas pela pandemia de Covid-19, estamos convencidos de que a condição pequeno-burguesa de boa parte de sua militância que limita a federação a mobilizar e atrair quase que exclusivamente um pequeno setor universitário ou do serviço público, fizeram de nossa participação nesse espaço inviável e desnecessária, criando entraves para a construção de base nos bairros pobres, favelas, ocupações urbanas e lutas populares que temos desenvolvido nos últimos anos no interior da Bahia. Damos início também a um novo projeto de comunicação militante, com a refundação do jornal Ação Direta, histórico periódico anarquista fundando por José Oiticica, que iremos impulsionar agora como uma agência de comunicação popular e revolucionária, jornal impresso e mídias integradas, além de instrumento para a formação política e militante a partir de uma perspectiva socialista, libertária e anticolonial. Encaramos essas novas tarefas como nosso dever histórico, e convidamos todas e todos os lutadores do povo que tem a Casa da Resistência como referencial político e militante para se somarem nessa construção. Diante do avanço da barbárie neofascista, do genocídio de nosso povo, do massacre permanente da maioria negra e favelada, da situação de miséria e violência contra nossa gente na cidade e no campo, acreditamos que é necessário consolidar novos instrumentos para organizar as lutas concretas pelos direitos e em defesa da vida, rejeitando as ilusões domesticadas e reformistas e construindo a partir da quilombagem e dos organismos de poder do povo o caminho para a guerra revolucionária de libertação popular contra o Estado capitalista e racista, a burguesia e os inimigos do povo, partindo de uma estratégia socialista, revolucionária e favelada. RESISTÊNCIA É VIDA!O POVO VENCERÁ! CASA DA RESISTÊNCIA – CENTRO DE CULTURA E LUTAJulho de 2021, Bahia

Solidariedade ao Acampamento Manoel Ribeiro: abaixo o latifúndio e a repressão!

O Acampamento Manoel Ribeiro existe desde agosto de 2020, quando famílias de camponeses pobres, organizadas na LCP – Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental, retomaram a Fazenda Nossa Senhora Aparecida no município de Chupinguaia, no estado de Rondônia e próximo a cidade de Corumbiara, palco do violento conflito em 1995 no episódio da “Heroica Resistência de Santa Elina”. A Fazenda Nossa Senhora Aparecida é a última parte da Fazenda Santa Elina. Desde o fim do mês março desse ano, o governo de Rondônia, a PM-RO, pistoleiros e o judiciário à serviço do latifúndio preparam um novo “Massacre de Corumbiara” contra as famílias camponesas que retomaram de forma justa as terras da Fazenda Nossa Senhora Aparecida. O governo reacionário de Marcos Rocha (PSL) mesmo antes de qualquer ordem judicial, mobilizou um aparato de guerra contra o Acampamento Manoel Ribeiro, cercando e tentando invadir o acampamento diversas vezes. A Polícia Militar sequestrou camponeses e fez diariamente sobrevoos de helicópteros, usando balas de borracha, munição letal e bombas de gás contra as famílias camponesas. O latifúndio, a PM-RO e o governo de Rondônia iniciaram também uma grande campanha de criminalização contra a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), para tentar justificar sua intenção de produzir esse novo massacre no campo. No último dia 12 de abril, diante da heroica resistência camponesa do Acampamento Manoel Ribeiro e da importante campanha de solidariedade nacional e internacional, o governo reacionário de Rondônia foi obrigado a recuar e a decisão judicial de reintegração de posse foi suspensa por tempo indeterminado. Mas mesmo com essa importante vitória das famílias camponesas, a região segue com o aparato repressivo mobilizado, demonstrando a clara intenção do governo, da PM e do latifúndio em seguirem seus planos para massacrar os camponeses pobres, por isso, é fundamental redobrar a solidariedade à luta do Acampamento Manoel Ribeiro e da LCP em Rondônia. A violência contra os trabalhadores rurais, o avanço do agronegócio, da monocultura e do latifúndio precisam ser enfrentados com a solidariedade entre as lutas do campo e da cidade e com a unidade das organizações combativas do povo pobre e trabalhador contra nossos inimigos comuns, o Estado e os capitalistas, por isso, as organizações, coletivos e movimentos que constroem e articulam a Campanha pela Greve Geral se colocam ao lado e em solidariedade permanente ao Acampamento Manoel Ribeiro e com a luta das famílias camponesas por terra e trabalho e contra o latifúndio e a repressão. VIVA O ACAMPAMENTO MANOEL RIBEIRO E A RESISTÊNCIA CAMPONESA!CONQUISTAR A TERRA, DESTRUIR O LATIFÚNDIO! 

Movimentos e Organizações Combativas convocam Campanha pela Greve Geral 

A Campanha pela Greve Geral é uma construção nacional e unitária reunindo diversas organizações populares, movimentos de luta, coletivos independentes, lutadores e lutadoras do povo de todo o Brasil para impulsionar a mobilização de massas e coordenar a luta combativa, radical e coletiva contra as políticas de morte, o genocídio, a agenda neoliberal e em defesa da vida e dos direitos sociais do povo pobre e da classe trabalhadora brasileira, como alternativa ao imobilismo da esquerda institucional e domesticada, das direções covardes e burocracias das centrais sindicais e entidades oficiais. Nós, a classe trabalhadora e o povo pobre brasileiro, vivemos uma situação de calamidade. São milhares e milhares de mortes subnotificadas todos os dias por culpa da ganância capitalista e da irresponsabilidade e ingerência do governo federal e dos governos locais diante da pandemia de Covid-19, o avanço a passos largos da fome e da miséria, o maior nível de desemprego da história do país, um auxílio emergencial miserável, o fim do programa de manutenção do emprego, demissões em massa, explosão da inflação e o aumento vertiginoso do custo de vida, avanço das privatizações entreguistas, ataques aos serviços públicos e aos servidores, retirada de direitos dos trabalhadores e a precarização, tragédias e destruição ambiental, despejos desumanos e ilegais, assassinatos e prisões racistas, feminicídios, violência contra o povo negro, camponeses pobres e povos indígenas. Esse cenário catastrófico pode apenas ser revertido com a unidade da luta popular combativa e revolucionária, sem as ilusões vendidas pela esquerda eleitoral e legalista e uma oposição covarde e conciliatória. A Campanha pela Greve Geral é um espaço de unidade de ação e organização coletiva das lutas contra o governo genocida, militar e neoliberal de Bolsonaro, Mourão, Paulo Guedes e dos generais para impulsionar a rebelião justa e necessária de nosso povo. A Campanha pela Greve Geral é construída nas bases e localmente através dos Comitês pela Greve Geral, que são instâncias de mobilização popular permanente e abertas aos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, aos militantes independentes e de movimentos populares, a juventude combativa e aos estudantes do povo, aos desempregados e desempregadas, aos sindicatos combativos e autônomos, aos camponeses pobres, organizações dos povos indígenas, ativistas das periferias e favelas, as donas de casa, as mulheres do povo, ao povo negro, aos precarizados e todos os lutadores e lutadoras do povo pobre e trabalhador com disposição para organizar a ação direta popular, a propaganda e a agitação de massas e a luta combativa em defesa de nossas vidas e contra o genocídio promovido por esse governo neofascista e pelos capitalistas. A unidade dos que lutam, a radicalização e os métodos combativos são as respostas necessárias frente à catástrofe e ao avanço do genocídio e da guerra biológica dos capitalistas contra o povo brasileiro, por um lado, e ao imobilismo deliberado das direções conciliadoras e covardes das grandes centrais sindicais e partidos eleitorais, por outro. Os partidos da esquerda institucional sabotam e domesticam as lutas do povo, insistindo na defesa e legitimação das instituições apodrecidas da democracia burguesa, mesmo sob o avanço da gestão da extrema-direita, dos militares saudosistas da ditadura e da agenda ultraliberal que não respeitam nem mesmo as próprias instituições do Estado burguês. A Campanha pela Greve Geral é um espaço de organização coletiva, luta combativa e antifascista, construída a partir da ação direta, da independência de classe, do anti-imperialismo, da solidariedade e da unidade popular. Os Comitês pela Greve Geral devem coordenar e articular a mobilização de massas baseados na unidade de ação, método pelo qual lutadores e lutadoras do povo atuam conjuntamente, a partir de uma lógica não-sectária e supraideológica, com um programa mínimo comum. O comitê local é parte da campanha nacional pela Greve Geral e aberto para movimentos combativos, organizações de luta e coletivos independentes. Organizam a ação local e podem ser formados mais de um comitê na mesma cidade com diferentes setores populares, desde que orientados pelos mesmos métodos e buscando a coordenação de ações. A Campanha pela Greve Geral é baseada em um calendário nacional de lutas em defesa da vida de nosso povo e contra governos e patrões, para avançar até a Greve Geral e uma rebelião de massas em nosso país. Convocamos, portanto, todo o povo pobre e trabalhador brasileiro, para: • Derrotar nas ruas, com greves, barricadas, ocupações e lutas combativas o governo militar e genocida Bolsonaro/Mourão, o Congresso Nacional corrupto, os capitalistas e as oligarquias; • Pela vacinação imediata de toda a população, com garantia de medidas sanitárias e sociais até a imunização completa contra a Covid-19 no país; • Por uma renda básica no valor de um salário-mínimo para todos os trabalhadores e famílias pobres; por um amplo programa contra a fome e pela garantia da soberania alimentar para o povo brasileiro; • Pelo controle e fixação dos preços dos alimentos e itens da cesta básica, assim como, dos combustíveis, do transporte público e das contas de aluguel, energia e água; • Pelo fim do genocídio do povo negro e pobre nas favelas e periferias, dos ataques aos povos indígenas, quilombolas e ao meio ambiente, dos despejos e violência contra acampamentos e assentamentos camponeses e ocupações sem-teto. 

29 de Maio: Retomar as ruas para derrotar o governo genocida de Bolsonaro e Mourão

É preciso derrotar o governo fascista de Bolsonaro e Mourão e parar o projeto genocida que avança contra o povo pobre e trabalhador brasileiro. Só a mobilização nas ruas e a luta do povo organizado pode mudar nossa situação de miséria, fome, desemprego, precarização do trabalho e as milhares de mortes diárias por falta de medidas sanitárias e sociais. Com 450 mil mortes por Covid-19, segundo os dados oficiais, mas com nossa tragédia real podendo passar de 1 milhão de mortes, o governo negacionista de Bolsonaro a serviço dos ricos e de uma burguesia doentia é o grande responsável pelas centenas de milhares de mortes. Apenas nossa luta coletiva e radical pode vingar as mortes de nosso povo e derrotar esse governo criminoso com mobilizações nas ruas, paralisações, greves e barricadas para avançar até a Greve Geral e à rebelião popular. Precisamos pôr fim ao governo militar e genocida de Bolsonaro e organizar a luta também contra os patrões, o Congresso Nacional corrupto, os governos estaduais e as prefeituras. Exigir vacinação imediata para o povo, renda básica digna para não morrer de fome e medidas sanitárias para não morrer de Covid-19, assim como, o fim dos massacres do povo negro e favelado, dos despejos desumanos e da violência contra camponeses pobres e os povos indígenas. Nesse dia 29 de maio participe do Dia Nacional de Luta, mobilize sua comunidade, colegas de trabalho, escola ou faculdade. Nossa reposta precisa ser a revolta e a luta organizada, combativa e radicalizada nas ruas. Participe da construção da Campanha Nacional pela Greve Geral e dos comitês para a mobilização de base em sua cidade para organizar a ação coletiva e defender a vida de nosso povo. CONSTRUIR A GREVE GERAL E ORGANIZAR A REBELIÃO!ABAIXO O GOVERNO GENOCIDA DE BOLSONARO E MOURÃO!

Manifesto Unificado do 1º de maio: Construir a Greve Geral

O governo de Bolsonaro, Mourão, Paulo Guedes e dos generais a serviço dos capitalistas, latifundiários e banqueiros é o grande responsável pela tragédia que vive o povo pobre e trabalhador brasileiro. O avanço da fome e da situação miséria que já atinge mais da metade da população, o aumento do custo de vida e o maior nível de desemprego da história se somam as milhares de mortes diárias por Covid-19. Com cerca de 400 mil mortes subnotificadas, nossa tragédia real pode ser até 4 vezes maior, com o país se tornando o centro mundial da pandemia. Em ônibus e metrôs lotados, trabalhos precários e subempregos nosso povo caminha para a morte todos os dias. Entre passar fome ou ser contaminados pela Covid-19, escolhemos lutar pela vida e contra o genocídio. Lutar e vencer os governos e patrões genocidas, para vingar nossos mortos e honrar a memória das milhares de vidas perdidas. O auxílio emergencial miserável é um escárnio com o trabalhador brasileiro. O aumento nos preços dos alimentos, itens básicos e combustíveis é insuportável. No mesmo país que ganhou 11 novos bilionários durante a pandemia e os ricos furam a fila da vacina, falta oxigênio, medicamentos e vagas nos hospitais para os pobres. A contaminação e as variantes da doença se espalham pelo país. Enquanto isso, as direções das centrais sindicais e dos partidos eleitorais seguem de forma covarde e oportunista se negando a lutar contra o governo militar e genocida de Bolsonaro, interessados apenas nas eleições de 2022. Para reverter esse quadro e defender nossas vidas é necessário construir desde agora a Greve Geral e organizar a rebelião do povo pobre e trabalhador brasileiro, para: 1) Derrotar nas ruas o governo Bolsonaro/Mourão, os militares e o Congresso Nacional corrupto; 2) Garantir a vacinação imediata de toda a população e medidas sanitárias até a imunização completa contra a Covid-19 no país; 3) Conquistar uma renda básica digna no valor de um salário-mínimo para todos os trabalhadores e famílias pobres, exigir um amplo programa contra a fome, o controle e a fixação dos preços dos alimentos e dos combustíveis, a suspensão das contas de aluguel, energia e água, e; 4) Parar o genocídio do povo negro e pobre nas favelas e periferias, os ataques aos povos indígenas e ao meio ambiente, os despejos e a violência contra os acampamentos e assentamentos camponeses e as ocupações sem-teto. A Campanha pela Greve Geral é uma articulação nacional que reúne diversas organizações populares, movimentos combativos e coletivos independentes no país, para organizar a ação direta e a mobilização popular permanente com greves, ocupações, barricadas, ocupações, lutas combativas e unidade popular. Nesse 1º de Maio, data histórica de luta de nossa classe e memória dos mártires operários, convocamos os trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, a juventude combativa, os desempregados, as organizações indígenas, o povo negro, as associações de favelas e periferias e todos os lutadores e lutadoras do povo para construir a Greve Geral pela base e organizar a rebelião popular em defesa das nossas vidas e contra o genocídio promovido por esse governo fascista e pelos capitalistas. CAMPANHA NACIONAL PELA GREVE GERAL

Manifesto do 1º de Maio Global – UM MUNDO, UMA LUTA!

Em todo o mundo, nós, trabalhadoras e trabalhadores, somos submetidos a níveis de superexploração para aumentar as taxas de lucro dos capitalistas e seu sistema de produção. Independentemente do nosso lugar de residência, de nosso gênero, sexualidade e nacionalidade, querendo ou não, estamos envolvidos em uma mesma luta. Os cortes nos serviços públicos e sociais, a precarização do trabalho, o arrocho salarial, as privatizações, o aumento do custo de vida, assim como a mercantilização da educação e a destruição dos ecossistemas e do meio ambiente, são apenas alguns dos sintomas do sistema econômico global. Um sistema baseado na exploração e na competição, que impõem a mercantilização de todos os aspectos de nossas vidas. Vivemos em uma situação crescente de exploração, assim como, de alienação de nossas necessidades e relações de trabalho. Isso ocorre tanto com trabalhadores como com os estudantes, e cada vez mais com jovens e crianças. A lógica dos mercados e dos Estados capitalistas impõem a produtividade e a competição acima do desenvolvimento humano. A reivindicação por uma Renda Básica Universal em nível global pode ser o primeiro passo para avançar na superação das relações de superexploração dos trabalhadores. Não pretendemos apenas parar, pretendemos impor nossas demandas. Considerando a natureza transnacional do sistema capitalista, também é necessário a articulação de trabalhadores e trabalhadoras em nível global. Conectando-nos através das fronteiras e das as relações globais que definem nossas condições locais, fazendo visíveis nossas lutas. Dessa forma, se abrem novas potencialidades e possibilidades de ação na luta contra a exploração e as condições de vida e trabalho precários. A capacidade de luta dos trabalhadores aumenta muito com a unidade como classe trabalhadora internacional. Especialmente em tempos de chauvinismo e racismo, desejamos uma luta comum, e nos negamos a sermos jogados uns contra os outros. Por uma vida digna para todos e todas! Abaixo as fronteiras! Nota sobre a pandemia de Coronavírus O mundo segue atravessando a grave pandemia de Covid-19. Como em todas as crises, os trabalhadores e pobres são os mais afetados. Diversas empresas obrigam a continuar produzindo sem condições sanitárias, negando o direito à quarentena. Se aprofundam as demissões em massa e os trabalhadores autônomos e ambulantes não possuem qualquer assistência social. Imigrantes e refugiados vivem sem locais dignos e condições sanitárias mínimas. Nós, lutamos por: – Garantia de renda e necessidades básicas para todos trabalhadores e trabalhadoras do mundo; – Condições sociais e sanitárias dignas para todos e todas; – Garantia do acesso livre e gratuito as vacinas contra a Covid-19 para todo o mundo; – Imediata suspensão dos pagamentos de água, energia, gás, aluguéis, telefone e internet. Que os ricos paguem por sua crise! Participam da iniciativa do 1º de Maio Global 2021: SAC – Suécia ∙ CGT – Espanha ∙ IWW – Reino Unido ∙ IWW – Alemanha ∙ FAU – Alemanha ∙ GWTUC – Bangladesh ∙ FOB – Brasil ∙ IP – Alemanha ∙ SR1M – Alemanha ∙ IWW – Irlanda Leia a chamada original em inglês e outros idiomas em globalmayday.net/gmd2021