5 anos da ocupação combativa contra a farsa do BRT

As obras do BRT que desde o início foram denunciadas como uma fraude pelo Movimento Unificado Contra o BRT voltaram a ser pauta nessas eleições municipais. O BRT (que é a sigla em inglês para Bus Rapid Transit) se comprovou como uma grande farsa, com plataformas inservíveis expostas para quem quiser ver em todo o centro da cidade e uma tentativa tão ridícula quanto mentirosa de ser colocado em funcionamento agora nas eleições pela Prefeitura. O projeto inicial aprovado com ônibus articulados e via exclusiva que ligaria as partes norte e sul da cidade (UEFS-Tomba) teve sua finalidade desviada para a construção das trincheiras, e mesmo com os recursos sendo suspensos pela Caixa pelas comprovadas ilegalidades a obra acabou sendo liberada após negociatas espúrias do então prefeito José Ronaldo. Esse BRT de mentira é mais um dos crimes contra o dinheiro público e o povo de Feira de Santana cometido pelo grupo político do ex-prefeito José Ronaldo e seu atual candidato Colbert Martins Filho. Apresentado como solução mágica para a mobilidade urbana, assim como foi feito com a mentira do SIT (Sistema de Transporte Integrado), a quadrilha que domina nossa cidade associada as máfias empresariais, fez do transporte coletivo de Feira de Santana algo deplorável e um dos piores e mais caros serviços do país, que vive em uma permanente crise e entre um colapso e outro, negando para grande parte da população feirense que não consegue pagar a tarifa absurda, ou nem mesmo as poucas linhas chegam em seus bairros e distritos, o direito fundamental de ir e vir e de ter um transporte verdadeiramente público e de qualidade. Ocupamos e resistimos nos canteiros das obras do BRT em 2015 por cerca de 2 meses seguidos, mais de 50 dias enfrentando as ameaças da Prefeitura e de capangas, sendo boicotados pelos partidos da esquerda institucional e sofrendo com tentativas de sabotagem, infiltração, chantagem e cooptação, além de diversas ameaças de morte às lideranças, agressões e pôr fim a desocupação violenta e covarde com a invasão ilegal da ocupação à mando de José Ronaldo. Foram 2 meses de ação direta popular e luta combativa, de uma ocupação criativa e solidária com intensas movimentações culturais, debates sobre o direito à cidade, sobre o transporte público, formação política, música, poesia, arte e muita solidariedade e apoio mútuo. Lutamos e vencemos, ainda que parcialmente, impedindo que esse BRT mentiroso destruísse todo o canteiro central da Av. Getúlio Vargas e retirasse as centenas de árvores e os pequenos comércios e pontos que funcionam ao longo da avenida. Hoje fazem exatos 5 anos, que no dia 26 de outubro de 2015 por volta das 4h da manhã, capangas armados e a guarda municipal arrombaram um dos portões e invadiram pelos fundos o canteiro de obras da trincheira na Av. Maria Quitéria com a Av. Getúlio Vargas ocupado pelo Movimento Unificado Contra o BRT, agredindo e prendendo os cerca de 30 militantes independentes que dormiam no local naquela noite (como relatamos com mais detalhes num texto da época “Feira de Santana: construir resistência popular e enfrentar a barbárie ronaldista”). A mesma violência que depois foi usada contra os artesãos do Centro de Abastecimento e agora é usada contra os ambulantes do Centro. Os capangas, já naquela época, como denunciando recentemente pelo jornal A Tarde, eram contratados através de um esquema ilegal de terceirizados fantasmas pelas Escolas Municipais, prática comum do governo José Ronaldo para aparelhar o Estado e que continua no governo de Colbert Martins Filho. O BRT, assim como as próprias trincheiras, nunca tiveram viabilidade técnica. Foram obras eleitoreiras para tornar a cidade cada vez mais excludente, onde mais de 100 milhões de reais do povo feirense foram jogados fora. Agora, Colbert, o criminoso que se negou a prestar qualquer assistência ao povo pobre durante a pandemia e segue atacando trabalhadores, como os ambulantes e professores, na sua sanha oportunista para tentar se eleger prefeito acha que pode enganar toda a cidade colocando em funcionando um BRT que não existe, não liga lugar nenhum à qualquer outro e nem mesmo tem uma faixa exclusiva. A mentira e o crime contra o dinheiro público é a marca dessa quadrilha que governa Feira de Santana há cerca de 20 anos e fez da nossa cidade, a terra de Lucas da Feira, Maria Quitéria, Chico Pinto e tantos outros, um lugar atrasado e retrógrado que vive um verdadeiro apartheid onde os direitos mais básicos como saúde, educação, saneamento e transporte público são negados ao povo trabalhador e à maioria afroindígena e sertaneja das periferias. José Ronaldo e Colbert devem pagar pelos seus crimes. O povo feirense sofrido merece e tem direito à um transporte público digno, sem as empresas mafiosas interessadas apenas nos lucros, com a municipalização do transporte e o controle popular através de um conselho de trabalhadores/as, integração de modais como a bicicleta e e outros, e Tarifa Zero, como deve ser um serviço público essencial. VIVA OS 5 ANOS DA LUTA COMBATIVA CONTRA O BRT!CADEIA PARA COLBERT E JOSÉ RONALDO, INIMIGOS DO POVO!SOMOS RESISTÊNCIA!

Aumento da passagem é crime contra o povo!

Uma família trabalhadora que vive com um salário mínimo no valor de R$ 1.039,00 (Jan/2020), utilizando 4 passagens por dia (R$ 4,15 em dinheiro) gasta pelo menos R$ 365 mensais e compromete cerca de 35% da sua renda, valor maior que de uma cesta básica na Bahia, que custa R$ 348 (Nov/2019). Feira de Santana tem uma tarifa maior que todas as capitais do Nordeste, e o maior valor por quilômetro rodado do país, com planilhas fraudadas, frota insuficiente, falta de acessibilidade e pontos adequados, além de milhões de reais do dinheiro público jogados fora com a farsa do BRT e a diminuição do número de passageiros com esse novo aumento absurdo acarretará em um novo colapso do sistema de transporte coletivo. O aumento da passagem segrega a população mais pobre e trabalhadora das periferias e retira de milhares de pessoas o direito à cidade e aos serviços públicos. O transporte coletivo é um direito essencial garantido e deve ser feito de forma integrada, sem as empresas mafiosas e os facínoras da Prefeitura, favorecendo a mobilidade urbana e o deslocamento do povo trabalhador e da juventude, com gestão pública, controle popular e tarifa zero. REBELAR-SE É JUSTO!LUTE POR UM TRANSPORTE PÚBLICO DE VERDADE!

Por uma Gestão Pública, com Tarifa Zero e Controle Popular do transporte de Feira de Santana

O transporte público de Feira de Santana vive uma crise permanente e um colapso do sistema é iminente, o criminoso aumento da tarifa vai excluir ainda mais a população pobre e trabalhadora do direito fundamental de ir e vir, do acesso aos serviços, à educação e ao trabalho. A tarifa absurda e a falta de linhas segrega os bairros da periferia e a zona rural, enquanto a Prefeitura utiliza dinheiro público para perseguir ligeirinhos e corta linhas de vans para as comunidades rurais. As duas empresas que operam o sistema alegam um lucro abaixo do contrato de concessão por falta de passageiros, utilizam uma frota insuficiente e maquiada, oferecem um dos piores serviços do país e o valor pago por quilômetro rodado é um dos maiores do Brasil, senão o mais caro. O Sistema Integrado de Transporte, o SIT, apresentado como solução mágica não passou de uma mentira com falência prevista, agora a farsa do BRT, que teve obras ilegais impostas com repressão e um projeto modificado para o centro que nem mesmo tem condições técnicas de ser implantado, segue exposta com estações inservíveis nas maiores avenidas da cidade, como uma piada de mau gosto e exemplo de absurdo. As empresas ameaçam romper o contrato e esse novo criminoso aumento da tarifa para R$ 4,15 em dinheiro, que já é absurda e baseada em cálculos fraudados na planilha de custos, vai diminuir ainda mais o número de passageiros e produzir um novo colapso do sistema. Esse é o legado da gestão de duas décadas do grupo político liderado pelo ex-prefeito José Ronaldo (DEM), de qual faz parte a atual gestão de Colbert Martins Filho (MDB), que no segundo semestre de 2015 deixou a segunda maior cidade da Bahia e primeira do interior do Nordeste por mais de dez dias sem nenhum ônibus circulando, quase duas semanas sem qualquer transporte público em uma cidade com cerca de 700 mil habitantes, e antes disso, as diversas cenas de ônibus pegando fogo por problemas técnicos, sendo empurrados por passageiros, quebrados ou provocando acidentes podiam ser vistas quase que diariamente. Os gastos com transporte coletivo consomem quase 1/3 do orçamento de uma família trabalhadora e chegam a ultrapassar os custos com alimentação. É preciso tirar a lógica do lucro do transporte público e passar o controle das empresas mafiosas e da SMTT para o povo, o transporte público deve ser gratuito, com tarifa zero e gestão dos trabalhadores, estudantes e comunidades, através de uma empresa pública municipal ou metropolitana, integrado com ciclovias e diferentes modais de mobilidade urbana que respeitem o meio ambiente e conectem a cidade, principalmente a população dos bairros distantes do centro e comunidades rurais, possibilitando o direito de ir e vir e assegurando o transporte público como um serviço essencial. É preciso tomar as ruas, com ação direta e luta combativa, repetindo os levantes de 2003 e 2013 que reduziram a tarifa na cidade e encurralaram os ladrões da Prefeitura e as máfias das empresas, para por fim ao conluio entre empresários e políticos e acabar com o teatro do Conselho Municipal de Transporte, que apenas referenda as planilhas fraudadas das empresas, conquistando um transporte verdadeiramente público, como direito do povo trabalhador e da juventude. ABAIXO O AUMENTO DA PASSAGEM! TRANSPORTE PÚBLICO É DIREITO DO POVO!POR GESTÃO PÚBLICA, TARIFA ZERO E CONTROLE POPULAR DO TRANSPORTE PÚBLICO! 

Feira de Santana: construir resistência popular e enfrentar a barbárie ronaldista 

Madrugada de segunda-feira, 26 de outubro, quinquagésimo segundo dia de resistência. Por volta das 4:20 da manhã, cerca de 60 capangas contratados e guarda municipais armados arrebentam o cadeado do portão dos fundos do canteiro de obras do BRT e invadem a ocupação na avenida Maria Quitéria, aterrorizando as e os militantes que dormiam no local, nos arrastando de dentro das barracas, quebrando nossos pertences e nos imobilizando. Na sequência, após revistas violentas, montam cercos de guardas armados nas duas entradas do canteiro de obras. Tudo sem nenhum mandado de reintegração de posse ou qualquer tipo de ordem judicial. O prefeito, José Ronaldo de Carvalho, do alto de sua arrogância e prepotência, resolveu governar Feira de Santana através da barbárie. A reprodução de um acionar político típico da Ditadura militar-empresarial que torturou, perseguiu e assassinou milhares de pessoas no Brasil não é um acaso, José Ronaldo é um político formado no ARENA, partido oficial da Ditadura, que se utiliza do mesmo modus operandi, a perseguição política, a truculência, o poder paternalista, as “grandes obras”, a modernização conservadora, o falso discurso de progresso. Nesse processo, de governar a partir da barbárie e do fascismo, José Ronaldo tem usado a guarda municipal como uma milícia armada vinculada aos seus interesses e ao seu projeto de poder, que juntamente com capangas contratados através de empresas terceirizadas, tem imposto o seu “choque de ordem”, foi assim com a invasão e desocupação ilegal das obras do BRT e seus “túneis”, na repressão covarde aos trabalhadores e trabalhadoras ambulantes e é o que se desenha para a imposição do shopping no Centro de Abastecimento. Enquanto segue dando sequência aos seus projetos que fazem de Feira de Santana uma cidade cada vez mais excludente e segregada sócio-racialmente, governando para a elite racista, seu grupo político, o setor do capital e as diversas máfias que sustentam seu governo, José Ronaldo esconde os vários processos em que está envolvido, fraudes e crimes de sua gestão, como o recente escândalo da SMT, faz da Câmara de Vereadores um tipo de “casinha de cachorros” e conta ainda com a conivência e omissão das várias instâncias da justiça burguesa e dos governos federal e estadual. Romper o cerco da ditadura de José Ronaldo é uma tarefa urgente e fundamental, que passa por fora das urnas, da farsa eleitoral e dos interesses de uma oposição igualmente oportunista, deve partir do fortalecimento das organizações populares, do empoderamento através dos instrumentos de auto-organização nas periferias, favelas, locais de trabalho e estudo e do controle territorial, é necessário criar um povo forte e protagonista, que seja capaz de enfrentar e vencer o poder. A luta combativa contra o BRT, os cinquenta e dois dias de resistência popular e autônoma, o protagonismo da juventude preta e periférica, a ação direta como método fundamental, a dinâmica permanente de formação e cultura, a afirmação intransigente de independência frente aos partidos políticos e oportunistas de toda espécie, o rechaço contra todas as tentativas de tutelar nossa ocupação, é o exemplo que confirma a certeza de nosso caminho e vocação. Somos a Feira de Santana rebelde e libertária. A resistência payayá ao colonizador branco, a rebelião de Lucas contra a escravidão, a ousadia de Maria Quitéria na guerra de independência, a rebeldia de George Américo nas ocupações de terra, a coragem de Luís Antônio Santana Bárbara contra a Ditadura. Abaixo a ditadura de José Ronaldo! Construir uma alternativa popular e libertária! Lutar e vencer! Leia também 10 anos do Vermelho e Negro e a retomada de nossa linha política revolucionária, libertária e anticolonial Versão em PDF do boletim completo.

Reprimir as lutas populares e criminalizar a pobreza são os verdadeiros objetivos do armamento da GM e do “Toque de Acolher”

A ofensiva combinada dos governos, das elites e da grande mídia para reprimir as lutas sociais e criminalizar a pobreza vem ocorrendo em diversas regiões do país há certo tempo. Nesta breve análise, pontuamos como a transformação da Guarda Municipal em uma força policial subordinada ao executivo municipal e o projeto de lei fascista apresentado na Câmara Municipal, chamado ironicamente de “Toque de Acolher”, fazem parte de um processo de avanço da criminalização e da repressão em Feira de Santana. O armamento da Guarda e as intenções repressivas O prefeito Tarcísio Pimenta (DEM) anunciou no dia 17 de março, durante a abertura do I Congresso das Guardas Municipais do Estado da Bahia, realizado em Feira de Santana, a aquisição de carros, motocicletas e coletes à prova de balas, para equipar a Guarda Municipal. Condecorado como “amigo da Guarda Municipal” e seguindo a nova política de segurança do governo municipal, que se concretizou com a criação da “Secretaria de Prevenção à Violência e Direitos Humanos”, o prefeito anunciou também uma parceria com a Polícia Federal (PF) para o armamento da Guarda Municipal com a aquisição de 200 pistolas automáticas e de outra parceria com organizações policiais como o BOPE do Rio de Janeiro, a SWATT dos EUA e o Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (CATI), para o treinamento (que já começou!) de Guardas Municipais. Tratada como uma medida de “combate à violência”, a transformação da Guarda Municipal em uma força policial tem por detrás de si a intenção de criar um instrumento de repressão que esteja diretamente subordinado as vontades do governo municipal, particularmente do prefeito Tarcísio Pimenta. Reprimir os movimentos sociais e os lutadores do povo é a verdadeira intenção do prefeito e da cúpula do seu governo, que foi recebido no início de seu governo (em 2009) pelos movimentos sociais com diversas lutas combativas, atos de rua radicalizados e ocupações, tendo destaque as lutas do movimento estudantil e do movimento sem teto. Somado a essa medida do governo municipal, a política de segurança pública estadual de Jaques Wagner (PT) baseada no investimento em repressão, principalmente na Polícia Militar (PM) e os diversos episódios de criminalização, repressão e assassinatos a mandos dos governos e das elites fazem parte de uma escalada repressiva no estado da Bahia, inserida na ofensiva de criminalização das lutas sociais e da pobreza que acontece também em nível nacional, com destaque para a repressão ao MST e aos que lutam pelo direito a terra. O “toque de acolher” e a criminalização da pobreza A ação de grupos de extermínio em Feira de Santana não é mais nenhuma novidade, assim como, não é novidade que são policiais militares fora de serviço os protagonistas da maioria desses crimes e que são jovens negros, moradores das periferias e favelas de Feira de Santana, muitos deles menores de idade, as principais vítimas desses grupos. Contudo, como sempre, a política dos diversos governos para “combater a violência” é criar mecanismos de repressão. Jogar os pobres que desafiam as “leis instituídas pela sociedade” em presídios lotados ou simplesmente matar a “vagabundagem” tem sido a política de segurança adotada. E Em Feira de Santana isso não é diferente, pois o discurso hipócrita de “paz pela paz” serve apenas para esconder que o problema da violência está na verdade relacionado aos problemas estruturais do capitalismo como a falta de trabalho, educação, saúde, moradia, etc. O projeto de lei que institui o chamado “Toque de Acolher”, foi apresentado na Câmara Municipal pelo patético vereador Luiz Augusto de Jesus, “vulgo” Lulinha da Conceição (DEM). Dotado de requintes fascistas e apoiado até mesmo por vereadores da oposição, como Marialvo Barreto (PT), o projeto de Lulinha é baseado em outros que já funcionam em cidades do interior de São Paulo e da Bahia, como Santo Estevão, e prevê o “recolhimento de crianças e adolescentes das ruas a partir das 20h30 (até 12 anos) e a partir das 23 horas (dos 12 aos 17 anos) até as 5 horas, que estejam sem a companhia dos pais ou responsáveis. Os pais que descumprirem a lei serão advertidos em um primeiro momento e em caso de reincidência serão penalizados com multas que variam de um a dez salários mínimos.” Combater a criminalidade, o tráfico de drogas, o aliciamento de menores são os motivos apresentados pelos moralistas defensores do projeto, mas as verdadeiras intenções do toque de recolher fascista é cercear a liberdade da juventude e seu direito de ir e vir, ao mesmo tempo em que se criminaliza ainda mais a pobreza. E fica uma pergunta: o que será feito com as crianças e adolescentes, muitas delas viciadas em crack, que vagam todas as madrugadas nas ruas do centro de Feira de Santana? Se aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Tarcísio Pimenta o “Toque de Acolher” será uma verdadeira lei anti-juventude. Por Feira de Todas as Lutas, março de 2010.

Uma frente única de charlatães: Tarcísio, Sincol, Polícia, Igreja e grande mídia

Logo após as primeiras grandes manifestações contra o abusivo aumento da passagem de transporte coletivo, o Sincol iniciou uma campanha de rádio tentando justificar o injustificável. Segundo os ladrões do Sincol o aumento foi necessário para que o sistema de transporte coletivo possa melhorar. Uma grande mentira e todos sabem disso. Já a Polícia Militar, que prendeu quatro estudantes na primeira manifestação contra o aumento, ocorrida no dia 28 de abril, com a má repercussão da sua atuação passou a não intervir nos atos posteriores. Até os acontecidos do último dia 21 de maio. O prefeito Tarcísio Pimenta, incompetente e charlatão de marca maior, mais um daqueles que assumiu o poder graças a grande mentira que é a “democracia dos ricos” nesse país, manteve sua posição de defender a máfia do transporte coletivo encastelada no Sincol. Aqui a fórmula é simples, os empresários que controlam o sistema de transporte público derramam centenas de milhares de reais nas campanhas eleitorais, no caso do atual prefeito e de alguns vereadores, e estes trabalham para eles dando uma cobertura legal para o roubo diário da população de Feira de Santana, com a segunda passagem mais cara do Nordeste e um dos piores serviços do Brasil. A “grande pequena mídia” de Feira de Santana, nominalmente a incompetente TV Subaé, jornalecos do tipo da Tribuna Feirense e Folha do Estado, Rádios como a Sociedade e a Subaé, e blogs de muito mau gosto como o Blog da Feira e o Bahia Agora espernearam e desesperadamente saíram em defesa da Prefeitura, reproduzindo as absurdas calúnias do Prefeito à Frente Unificada Contra o Aumento e aos estudantes. Uma novidade deste episódio foi a opinião da Igreja Católica, a mesma Igreja que nunca se posicionou contra o aumento da passagem. Como sempre a Igreja, na verdade seu reacionário alto comando, representado pelo asqueroso arcebispo Dom Itamar Vian, veio a público ser solidário ao prefeito e comprar a versão dos fatos elaborada pelos profissionais da mentira que trabalham para a prefeitura. São posições como estas que explicam o passado manchado de sangue da Igreja Católica. Finalizando a história, o que foi um protesto protagonizado por estudantes da UEFS, nominalmente Coletivo Quilombo, Grupo Ousar e DCE-UEFS, com a saída pela direita da AMES e da UJR, exigindo do prefeito a simples marcação de uma audiência para discutir a pauta da Frente Contra o Aumento e que foi tratado literalmente como caso polícia, se tornou, neste espetáculo de mentiras bem arquitetado pela frente única de charlatões, no “seqüestro de Tarcisio” orquestrado por “militantes político-partidários” violentos e enlouquecidos que monitoram e colocam em risco a vida do Prefeito Tarcisio Pimenta. Quanta barbaridade! E são estes, os articuladores de toda essa mentirada, que formam opinião, governam, pregam e mantém a ordem na pacata, porém as vezes rebelde, Feira de Santana. Por Feira de Todas as Lutas 22 de maio de 2009. Feira de Santana, Bahia.