
Declaração de Dakar da Plataforma Mundial Anti-imperialista
A 7ª Conferência Internacional da Plataforma Mundial Anti-imperialista (PMAI) e a Mesa sobre o pan-africanismo combativo e o internacionalismo anti-imperialista foram realizadas entre os dias 25 e 27 de outubro em Dakar, capital do Senegal. A Conferência foi organizada pela PMAI, pela Dinâmica Unitária Pan-Africana (DUP) e pelo o Comitê Preparatório Nacional do Senegal, reunindo cerca de 50 delegações de organizações comunistas, progressistas e anti-imperialistas de 35 países. Com uma homenagem ao centenário do revolucionário marxista Amílcar Cabral, a PMAI firmou a Declaração de Dakar como resultado da Conferência, assim como, a nota de conclusão da Mesa sobre pan-africanismo e anti-imperialismo. DEVEMOS FORTALECER A LUTA ANTI-IMPERIALISTA A onda revolucionária contra o imperialismo exigindo a independência dos povos do mundo está se intensificando. A luta anti-imperialista na região do Sahel, na África, que alcançou novos patamares a partir de 2020, resultou na expulsão completa das tropas dos EUA e da França do Níger, do Mali e de Burkina Faso. A retirada dessas tropas, que apoiavam a dominação política e o saque econômico da região pelas potências ocidentais, é mais uma vitória histórica para a luta anti-imperialista no continente africano. Também na região do Sahel, o povo senegalês tem travado uma intensa luta contra o regime pró-imperialista, que aprofundou sua repressão fascista apoiada pelo Ocidente contra as forças populares. A recente vitória eleitoral após 12 anos de intensa luta é uma conquista significativa do movimento popular no Senegal. Por trás das grandes conquistas da luta anti-imperialista na África está o espírito do pan-africanismo combativo e revolucionário. Isso combinou a constante reflexão e a prática de corajosos revolucionários africanos com a grande onda global de luta por libertação nacional que surgiu da histórica vitória sobre o fascismo, alcançada pelas forças socialistas tendo a URSS à frente durante a Segunda Guerra Mundial. Os revolucionários que lutaram pela libertação africana, incluindo Amílcar Cabral, cujo centenário de nascimento celebramos este ano, transcenderam as fronteiras artificialmente criadas pelos imperialistas, destruíram suas táticas divisionistas e levantaram a bandeira da estratégia anti-imperialista e do socialismo como o verdadeiro caminho para a libertação do continente africano do colonialismo e do neocolonialismo. A luta e as atividades dos povos africanos para conquistar dignidade e direitos diante da agressão e do saque do imperialismo por cinco longos séculos confirmam o princípio revolucionário de que as forças imperialistas, cujo objetivo é a dominação e exploração, são os principais inimigos dos povos do mundo, e a verdade imutável de que onde há opressão, haverá resistência. O MUNDO CAMINHA PARA UMA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL O campo imperialista está agora aprofundando sua marcha para a Terceira Guerra Mundial ao prolongar a guerra na Ucrânia, intensificar a guerra na Ásia Ocidental (Oriente Médio) e avançar em direção para uma nova guerra na Ásia Oriental e no Pacífico Ocidental. O exército fantoche neonazista ucraniano dos EUA-OTAN tem exigido que seus senhores autorizem mísseis de longo alcance para atingir o território russo, e muitos no campo imperialista querem suspender as restrições ao uso desses mísseis, forçando a Rússia a revisar sua doutrina nuclear de autodefesa. Apesar de perder em todos os principais campos de batalha, as agressivas forças imperialistas continuam provocando a Rússia e estão freneticamente tentando expandir e prolongar a guerra na Ucrânia. Usando seus representantes sionistas, o imperialismo dos EUA está avançando em direção a uma guerra mais ampla na Ásia Ocidental. A máquina de matar sionista, com total apoio dos EUA, da UE e da OTAN, continua massacrando palestinos em sua guerra genocida à Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, os sionistas têm bombardeado Beirute, sul do Líbano, Síria e Irã, assassinando entre outros, o comandante militar do Hezbollah e o presidente do bureau político do Hamas em julho, e seguiram, com o assassinato do secretário-geral do Hezbollah no final de setembro e do líder político-militar do Hamas em outubro. Em 1º de outubro, o Irã lançou a Operação “Promessa Verdadeira 2”, e desde então o Hezbollah tem se envolvido em combates intensos para repelir repetidas tentativas de invasão israelense ao longo da fronteira libanesa. As forças da resistência palestina continuam combatendo as forças coloniais sionistas na Faixa de Gaza, e o “Eixo da Resistência”, a partir da unidade das forças populares e armadas contra o imperialismo e o sionismo na região, anunciou sua intenção de lutar até o fim em caso de uma guerra total na Ásia Ocidental. Há sinais cada vez mais claros de que o campo imperialista em seus estertores está se preparando para uma guerra no Pacífico Ocidental, na qual Austrália e Nova Zelândia também estarão envolvidas, expandindo seus planos de guerra na Ásia Oriental e as provocações por forças militares do Japão, “República da Coreia” (ROK), Taiwan e Filipinas. O campo imperialista tem realizado seu plano de “pacificação” a partir da Cúpula da OTAN em Washington em julho de 2024 por meio de exercícios militares multinacionais em larga escala no Pacífico, nos quais participaram os países beligerantes pró-EUA do Pacífico Ocidental juntamente com membros da OTAN. Os EUA e os países beligerantes vassalos têm conformado blocos e alianças militares agressivas e conduzido exercícios militares conjuntos através dessas “alianças”. É profundamente preocupante que a marcha em direção a uma guerra na península coreana possa desencadear uma guerra mais ampla na Ásia Oriental e no Pacífico Ocidental. Os EUA, o Japão e a “República da Coreia” (ROK) concordaram com um “sistema de segurança coletiva” no mesmo modelo da OTAN, realizando exercícios militares conjuntos para avançar em uma “OTAN do Nordeste Asiático”. O regime fantoche de Yoon Suk-yeol na “ROK” conduziu exercícios militares conjuntos com os EUA visando a RPDC ao longo de agosto, culminando em uma repressão fascista até mesmo contra os partidos políticos constitucionalmente reconhecidos no final deste mesmo mês. Os líderes da oposição na “ROK” chegaram a apresentar evidências de que o governo de Yoon está tramando uma guerra local para justificar a declaração de lei marcial e consolidar seu regime antipovo. Enquanto isso, os EUA estabeleceram um comando unificado com as forças japonesas, que estará operacional no início de